Agora é greve! Foi com este espírito que os trabalhadores da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) aprovaram, na noite da última quinta-feira, uma paralisação de 24 horas para segunda-feira.
O que motivou a categoria a engrossar tal medida foi o não cumprimento pela Codesp de parte do acordo coletivo apalavrado ainda em agosto, mas que não recebeu sinal verde do Ministério do Planejamento em Brasília até agora.
O reajuste salarial de 9,6% caiu na conta dos 1,4 mil doqueiros. Mas cláusulas sociais como o pagamento do auxílio-educação e a mudança nos valores de horas extras e dos adicionais noturnos viraram lendas no cais. 400 portuários estiveram na assembleia.
Créditos: Claudio Vaz
Mais de 400 portuários mobilizaram-se em assembleia ontem à noite, no auditório do Sindaport
Para piorar o que já está ruim, todas as outras companhias docas do País estão em situação pior e nem aumento salarial repassaram aos seus funcionários em 2011. “Em 31 anos de Codesp, a estatal nunca ofereceu proposta salarial ao Sindaport, assinou o documento e deixou de cumpri-lo.
É a primeira vez que acontece, infelizmente”, diz o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Portuária (Sindaport), Everandy Cirino.
No meio desse balaio de gato, o Sindaport também definiu que entrará na segunda-feira com um pedido de dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Assim, passará a bola para a Justiça resolver o impasse.
No domingo, às 20 horas, haverá nova assembleia no Sindaport para definir os locais de manifestações na segunda-feira e os últimos ajustes do movimento grevista. A Codesp informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que emitirá um posicionamento a respeito do tema nesta sexta-feira.
Fonte:A Tribuna - Rio Branco/Bruno Rios
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