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Dragagem no Porto de Santos deve ser contratada no dia 20

O novo contrato de dragagem do Porto de Santos deve ser assinado no próximo dia 20, quando está agendada uma reunião do Conselho de Administração (Consad) da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). A expectativa é de que as obras sejam iniciadas na primeira quinzena de janeiro, segundo o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni.

O anúncio foi feito pelo secretário nessa sexta-feira (6), durante sua apresentação no 3º Encontro Porto & Mar 2019, realizado no auditório da sede do Grupo Tribuna, em Santos. A palestra, que encerrou a programação de eventos portuários do Grupo Tribuna neste ano, reuniu autoridades e empresários do cais santista.


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A expectativa de Piloni é de que a obra seja executada pela DTA Engenharia, que apresentou a melhor proposta – de R$ 274,7 milhões – para a realização da dragagem do Porto por 24 meses. A empresa foi habilitada e teve seus equipamentos inspecionados pela Docas.

A assinatura do contrato de dragagem é aguardada pela comunidade portuária. O serviço foi interrompido em abril e, desde então, o canal do Porto foi atingido pelo assoreamento (deposição de sedimentos).

Como resultado, cinco berços voltados às operações de granéis líquidos químicos na região da Alemoa e na Ilha Barnabé tiveram o calado (limite da profundidade que o navio pode atingir sem afetar sua segurança) reduzido. Os prejuízos aos usuários são estimados em R$ 14,7 milhões.

Na sexta-feira, técnicos da Autoridade Portuária, da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) e da Praticagem revisaram as restrições impostas no início da semana, informou a Docas em nota divulgada no final da tarde. Com isso, em dois dos cinco berços, elas foram flexibilizadas. No berço Alemoa IV, para navios até 150 metros, que representam 30% das atracações, a redução de 70 centímetros foi eliminada.

Para os navios entre 150 e 160 metros, a redução passa para 40 centímetros. Mas embarcações com extensões superiores ainda são sujeitas às restrições.

Segundo a Docas, a redução é determinada pelos pontos mais rasos ao longo do berço. Para embarcações com menor comprimento, a ideia é que ela se posicione entre os cabeços (estrutura de amarração) que apontam cotas maiores de profundidade, otimizando sua ocupação.

Ilha Barnabé

Já no berço Bocaina, da Ilha Barnabé, cargueiros que atracam a boreste, com o lado direito voltado para o cais, mantém a proa (frente), que é mais estreita, no trecho com menor profundidade, ampliando o aproveitamento nos trechos menos assoreados.

E navios com até 150 metros, cerca de 30% dos que atracam nesse berço, utilizando os cabeços 437 a 444, têm a redução de 90 centímetros revisada para 30 centímetros. Já as embarcações de até 190 metros, obrigatoriamente utilizando os cabeços 437 a 446, tiveram a redução revista para 60 centímetros.

“Longe da possibilidade de se ter algum risco para operação nesses berços. Mas também não precisa ter coeficiente de risco exagerado. É uma análise de risco. Num primeiro momento, teve-se a máxima precaução e, agora, está se refinando o estudo. Eu acho que foi uma postura prudente da Autoridade Portuária, da Capitania e da Praticagem. O gato subiu no telhado, então vamos, por segurança, restringir a profundidade. E agora está se discutindo um refinamento disso”, destacou Piloni.

O secretário ainda apontou outra possibilidade para melhorar o calado dos navios no Porto. Trata-se de uma sobra do contrato firmado com a Van Oord Operações Marítimas, empresa anteriormente responsável pela manutenção das profundidades do cais santista.

“Existe a possibilidade. Disso para um compromisso de que a gente vai ter a Van Oord fazendo esse serviço é um compromisso muito grande. É uma questão de gestão contratual a ser endereçada e feita pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Estamos discutindo e todas as alternativas estão no radar”, explicou Diogo Piloni.

Fonte: A Tribuna






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