BOA VISTA - Os representantes da empresa alemã especialista em logística portuária, HPC Hamburg Port Consulting Gmbh, Peter Cardebring, Andreas Nohn e Gabriel Debellian, estão em Boa Vista para captar informações sobre a capacidade econômica e logística do Estado. O objetivo é elaboração um projeto para estudar a viabilidade econômica da construção de um porto na Guiana e para a construção de parte da rodoviária que interliga a capital guianense Georgetown até Boa Vista, em Roraima.
Eles estão cumprindo agenda de reuniões entre os dias 12 a 13 de abril, com empresários, gestores do Executivo estadual e entidades públicas e privadas. Os encontros aconteceram no auditório da Seplan (Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento). O objetivo da empresa contratada pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) é de também buscar neste projeto a capacidade de produção dos estados do Amazonas e Roraima.
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De acordo com o diretor de Comércio Exterior da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento, Eduardo Oestreicher, se o projeto de viabilidade econômica for satisfeito em seus requisitos, eles irão iniciar a construção ainda em data a ser definida. O projeto será apresentado ao Governo da Guiana para uma possível parceria público-privada.
“Essa seria uma saída do Brasil para outros blocos econômicos. Para o Estado de Roraima é muito interessante por que é mais uma janela de oportunidades que teremos tanto para a aquisição de insumos quanto para a produção e escoamento de produtos agropecuários que o estado venha a gerar em escala”, disse.
“Para a parceria acontecer o projeto de construção da estrada precisa apresentar uma taxa de retorno interessante para o Governo da Guiana e empresas globais estrangeiras ou brasileiras. A questão é definir se o governo da Guiana já tem definido juridicamente a possibilidade destas parcerias.”, finalizou Oestreicher.
O secretário Alexandre Henklain apresentou as potencialidades de consumo e exportação da Venezuela e Guiana, região geoeconômica, como por exemplo, o baixo preço de insumos como ureia e calcário. Outro ponto tratou sobre o potencial hidroenergético da Guiana. “Vemos com bastante interesse se esses projetos possam ser concretizados, pois a saída ao mar pela Guiana é a nossa rota mais curta”, disse Henklain.
Fonte: Portal Amazônia