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Empresas entregam estudos sobre píer no próximo mês

Serão entregues à Codesp, no próximo mês, o projeto-executivo e o estudo de viabilidade ambiental, econômica e técnica para a ampliação do Píer da Alemoa, que passará de quatro para seis berços de atracação. O material está sendo elaborado pela Associação Brasileira dos Terminais de Granéis Líquidos (ABTL). A previsão é de que as obras tenham início em dois anos. Já as operações devem começar no final de 2015.

O cronograma foi apresentado pelo diretor da entidade empresarial, Mike Sealy, que também atua como gerente-geral da Stolthaven, uma das firmas associadas à ABTL e com instalação na Alemoa. Ao todo, serão pagos R$ 4 milhões pelos trabalhos. As demais companhias envolvidas no projeto são a Ultracargo, a Vopak e a Granel Química, todas filiadas à associação.

De acordo com Sealy, atualmente está sendo feita a confirmação do projeto de viabilidade operacional. A etapa consiste na realização de simulados. Um deles ocorreu na Universidade de São Paulo (USP), onde está um dos simuladores. O outro envolverá representantes da Praticagem e da Codesp para acompanhar o serviço.

“Fazemos um simulado de atracação e desatracação de navios de tamanhos diferentes submetidos a forças e resistências, como a presença de outra embarcação no berço 4 e a existência de correntes. A ideia é dar para as autoridades projetos mais detalhados, que permitam uma interpretação exata sem que haja qualquer tipo de surpresa”, afirmou o diretor da ABTL.

Após a entrega dos estudos, o próximo passo será a licitação da obra pela Codesp. A expectativa é de que o edital da concorrência seja publicado no primeiro trimestre do próximo ano e que, ainda durante 2013, os contratos sejam assinados.

“Devemos entregar tudo para a Codesp em setembro, para que os ajustes necessários sejam feitos entre outubro e novembro. Esperamos para 2014 a construção e, para o final de 2015, as operações”, disse Sealy. Os recursos para a obra estão garantidos na segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2).

Apesar dos trabalhos em desenvolvimento pela ABTL incluírem o projeto-executivo, o diretor explica que, na verdade, será entregue à Docas um projeto detalhado até o ponto de execução. “O projeto final, a forma como será executada a obra, caberá à empresa que vencer a licitação”, destacou.

O empresário lembrou ainda que a Alemoa passará por uma remediação, a ser feita pela Autoridade Portuária. Isso inclui a modificação de sua estrutura, incluindo aterramento. “Em quatro anos, teremos a Alemoa remodelada”, enfatizou.

Para o gerente-geral da Stolthaven, a ampliação do píer é primordial, devido à demanda crescente por granéis líquidos. “Do jeito que está, não dá para ficar. A Alemoa tem hoje 550 mil metros cúbicos de estocagem e a Ilha Barnabé, 399,5 mil metros cúbicos. São 950 mil metros cúbicos. A perspectiva é de que, em três ou quatro anos, chegue a 1 milhão e 200 mil metros cúbicos de volume”.

Acessos

Com os investimentos no setor aquaviário, com destaque para a dragagem de aprofundamento, que deixará o canal de navegação com 15 metros, Mike Sealy afirma que o foco agora são os acessos rodoviários ao Porto pela Alemoa, principalmente com o surgimento de novos terminais, como o da Brasil Terminal Portuário (BTP). O empreendimento entrará em operação no primeiro trimestre do próximo ano.

“Não vamos ter sistema ferroviário à altura para absorver esse crescimento. Estamos tendo a maior safra de soja, milho e etanol da história. Tudo entra pelo Viaduto da Alemoa. Precisamos ter um sistema integrado para os próximos 30 anos. A infraestrutura terrestre é hoje o principal gargalo”, disse Sealy.

Fonte: A Tribuna / Lyne Santos






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