Os trabalhos de reforma e derrocagem do Porto de Vitória devem começar no final de outubro
Muitos são os projetos e mudanças para a área portuária do Espírito Santo. Com um investimento total de R$550 milhões, preocupação e eficiência em logística, o Estado será referência no setor de portos. A informação foi dada pelo Ministro dos Portos, Pedro Brito, na tarde desta terça-feira (05), na inauguração da sétima edição da Expoportos, no Pavilhão de Carapina, em Serra. O evento vai até quinta-feira (07).
O investimento previsto para a área, do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2) é de R$ 200 milhões para o Porto de Vitória, denominado Superporto e R$ 78 milhões no Porto de Barra do Riacho, em Aracruz. O restante é proveniente do PAC 1, para a construção de um novo cais e a implantação do Projeto Porto sem Papel.
De acordo com o ministro, geralmente é preciso ser feito a dragagem nos portos, que é a retirada de areia para a chegada de embarcações maiores. No caso do porto de Vitória a situação é diferente. Aqui, existe a necessidade de ser feita a derrocagem que é retirada de pedras do fundo do canal. Segundo Brito é um trabalho demorado, e garante que pelo menos um ano será gasto a partir do início das obras para finalizar esse processo. Explica que o processo é novo, e para estourar essas pedras não pode causar ondas no litoral.
A licitação já foi feita, o contrato já existe e o processo está com licença ambiental concedida. Para que se inicie, efetivamente, o serviço, é preciso a liberação do Tribunal de Contas da União, que teve uma demanda de questionamentos grande. Mas, Pedro Brito acredita que até o final de outubro ou início de novembro as obras já estarão liberadas, com previsão de conclusão no final de 2011.
O ministro deu exemplos de países que utilizam a logística para garantir o investimento. Citou a Alemanha, que a maior exportadora de chá e café, porém nem produz os produtos. "Essa é uma competência que o Brasil precisa ter, buscando uma saída para vencer a falta de recursos naturais. Investimento em logística é razão pro sucesso, e iremos utilizar essa iniciativa no Brasil, esse é o caminho da nossa economia", declara.
Representando o governador Paulo Hartung, o Secretário de Estado de Desenvolvimento, Márcio Felix afirma o Porto de Vitória tem gradientes positivos, e que o Estado está crescendo o dobro do país. "A palavra da vez é logística, os portos estão virando uma realidade. O Superporto, Porto de Profundidade ou Porto de Contêiner, seja lá como querem chamar, é uma realidade que sairá dos gabinetes. Tudo tem seu momento e vejo que este está próximo", afirma o secretário.
Também estiveram na ocasião o Diretor da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Ângelo Batista, o presidente da Federação dos Transportes, Luiz Vagner Kieper e o vice-prefeito de Vitória Tião Barbosa.
Projeto Porto sem Papel
O Projeto Porto sem Papel tem o objetivo de minimizar o processo burocrático. Atualmente, são gastos 5,4 dias para liberação de cargas. Vinte e seis entidades diferentes nos três níveis de governo interferem na liberação. Seis desses órgãos estão presentes em todas as liberações: Marinha, Polícia Federal, ANVISA, Ministério da Agricultura, Autoridade Portuária e Receita Federal.
A intenção é que exista um único banco dados com informações digitalizadas, e que todos os agentes tenham acesso essa informação unificada. Reduzindo para 2,5 dias a liberação das cargas. Esses projetos fazem parte do Plano Nacional de Logística Portuária para os próximos 20 anos. Atendendo os dez mais importantes portos do Brasil, onde o ES está incluso.
Em reunião particular com o Ministro, o governador do estado assumiu a liderança do projeto, e na quarta-feira (13) se reunirá com autoridades da área para discutir aspectos do porto.
Fonte: ES Hoje/Por Dalila Travaglia
PUBLICIDADE