A espanhola Gás Natural Fenosa aguarda a modelagem da licitação para a venda do controle da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás). Segundo Bruno Armbrust, presidente das três distribuidoras de gás da Fenosa no país - CEG, CEG Rio e Gás Natural São Paulo – a empresa tem interesse na compra da distribuidora.
“A expectativa é que essa modelagem esteja pronta até o fim do ano e aí vamos avaliar as condições de concessão, preço e condições de vendas”, afirmou Armbrust, em evento com a imprensa realizado no Rio de Janeiro.
A empresa está atenta a oportunidades de crescimento por meio de aquisições de distribuidoras, disse Armbrust. Segundo o executivo, o potencial de crescimento na distribuição de gás natural encanado no Brasil é muito grande.
“Apenas 3% das residências no país tem gás encanado”, destacou. O Estado com maior número de residências com gás encanado é o Rio de Janeiro, com 25%, em seguida São Paulo, com 8%. A média entre os países desenvolvidos é de 50%.
A companhia deve registrar, este ano, investimentos de R$ 184 milhões no Brasil, 26% superior ao aporte feito em 2011. O investimento para 2013, segundo Armbrust, ainda não está fechado, mas deve ser pelo menos igual ao empenhado este ano.
A expansão da malha de distribuição é um dos focos principais da companhia. Segundo o presidente das distribuidoras, o grupo está em conversas constantes com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico para determinar o desenvolvimento da malha em determinadas regiões do Estado do Rio.
A construção de um gasoduto para ligar o Porto do Açu, em construção pela LLX, empresa de logística do Grupo EBX, de Eike Batista, em São João da Barra, no norte do Estado do Rio, é uma das oportunidades que estão em análise. No entanto, a decisão irá depender das empresas que irão se instalar na região.
Além disso, o crescimento de Itaboraí, onde será construído o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), e redondezas também são áreas destacadas como importantes. Segundo Armbrust, a companhia irá fechar seu plano quinquenal no primeiro trimestre de 2013, quando serão determinados os planos da empresa para os cinco anos seguintes.
No plano a ser concluído pela companhia também está prevista a redução na tarifa de fornecimento de gás para projetos de cogeração de energia. Segundo Armbrust, com o pacote de redução das tarifas de energia, a empresa terá que calcular qual seria uma redução de tarifa interessante para a indústria. O valor do desconto, segundo ele, deve ser aplicado a partir do primeiro semestre de 2013.
Fonte: Valor / Marta Nogueira
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