Após cerca de 20 anos militando no Partido Democrata (DEM), antigo Partido da Frente Liberal (PFL), o ex-senador Jorge Yanai anunciou e entregou, no mês passado, sua carta de desfiliação da sigla e noticiou sua migração para o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). O motivo, segundo ele, foi “o fechamento do ciclo de sua passagem pelo partido [DEM]” e a necessidade de mudança e de novas expectativas.
A esperança de ver um sonho virar realidade também foi algo que influenciou na decisão do ex-senador. Segundo o ex-parlamentar, a possibilidade de ver a hidrovia Teles Pires-Tapajós sair do papel e ser implantada no Norte de Mato Grosso, fez com que mudasse de lado.
A construção do modal de transporte foi uma das bandeiras defendidas pelo ex-senador durante os quatro meses em que assumiu a cadeira no Senado, no ano passado, quando era suplente de Gilberto Goellner.
“Me atraiu essa possibilidade [de construção da hidrovia] devido a essa proximidade entre os governos Federal e Estadual, e tudo vem sendo tratado com maior agilidade. Isso reforça a possibilidade de que essa hidrovia, que é um importante modal de transporte, mais econômico para nossa região, possa ser construída daqui alguns anos”, destacou. “As épocas são feitas de lutas: primeiro foi o asfaltamento da BR-163 e que agora começa a se concretizar com o asfaltamento até o Pará. Aí veio a construção do linhão [rede de transmissão de energia elétrica], que se concretizou. Depois veio a construção da ferrovia e estamos aí com as obras em andamento e teremos esse modal também, tão logo à disposição para nossa economia e agora temos uma nova luta que é a construção dessa hidrovia, que é tão importante quando as outras”, ressaltou sem destacar a importância de cada modelo de transporte que vem sendo bandeira de luta na região.
Jorge Yanai lembrou que a luta para que a hidrovia seja construída nos rios Teles Pires-Tapajós, surgiu por entender que o transporte irá baratear o escoamento da produção regional.
“Não existe modal mais econômico que a hidrovia para o transporte de produção agrícola. O escoamento de boa parte da produção sendo feito pela hidrovia vai proporcionar aos nossos produtores mais condições para poder investir, pois os gastos com transporte serão menores”, pontuou. “Claro que cada modal tem sua importância, mas, sem sombra de dúvidas, a hidrovia é a forma mais barata e menos poluente para o meio ambiente”, destacou.
O ex-parlamentar sabe que a construção da hidrovia não ocorrerá nos próximos meses, porém tem a confiança que nos próximos anos o transporte por águas possa ser mais uma opção para os produtores, industriários, empresários, enfim, para o setor produtivo escoar sua produção e transformar a riqueza da região.
Fonte: Diário de Cuiabá/MARIA HELENA BENEDET
PUBLICIDADE