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Estudo aponta carências da Capital gaúcha para receber cruzeiros

Porto Alegre deve acelerar o projeto Terminal Portuário Turístico e executar obras de dragagem para ter a estrutura receptiva necessária ao turismo náutico

O projeto do Terminal Portuário Turístico que será feito junto ao Cais Mauá, (ainda sem previsão de conclusão), na Capital gaúcha, possui ampla estrutura receptiva, com salões de embarque e desembarque, acesso a terminais de ônibus, departamentos de atendimento aos turistas e boa tecnologia. No entanto, Porto Alegre precisa resolver um problema grave para receber cruzeiros no futuro, além de acelerar a criação do Terminal Turístico: executar obras de dragagem.

As conclusões estão em um amplo estudo sobre a situação atual dos portos no País promovido pela Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar). O trabalho, produzido pelo Grupo de Estudos Técnicos de Infraestrutura da Abremar, teve duração de oito meses e contempla 23 portos. O único gaúcho foi Porto Alegre.

No caso da Capital, as profundidades no píer e na bacia de evolução, hoje em 6 metros, são bastante inferiores aos calados dos navios de grande porte (a partir de 7,3 metros), aponta o estudo. O levantamento também destaca que no momento não há nenhuma estrutura receptiva para o turismo náutico na Capital, e que é necessário um trabalho de desenvolvimento junto à Secretaria de Turismo e à autoridade portuária.

Em nível nacional, o levantamento apontou falta de infraestrutura dos portos em cidades turísticas, sinalização ruim, e disparidade das taxas cobradas nos portos brasileiros em relação aos internacionais. “Acreditamos que este material poderá ser um valioso auxiliar no planejamento dos investimentos para a melhoria dos portos brasileiros”, diz o presidente da Abremar, Ricardo Amaral.

O estudo mostra, por exemplo, que o porto de Santos, o maior do País, possui um terminal turístico com boa infraestrutura, mas que não comporta a recepção de três navios de médio e grande portes no mesmo dia, como vem ocorrendo. O estudo recomenda a construção de um segundo andar no terminal, melhor sinalização e alteração no sistema de programação de navios.

O documento foi entregue ao poder público, em todas as suas esferas e âmbitos. A Abremar sugere que o material possa estimular a destinação de recursos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) voltados à melhoria da infraestrutura portuária. O governo federal tem se mostrado disposto a conhecer as reivindicações do setor. Na semana passada, o ministro da Secretaria Especial de Portos, Leônidas Cristino, iniciou um tour nacional para conhecer os portos brasileiros e suas demandas.

O mercado brasileiro apresentou, na temporada 2009/2010, crescimento de 38% em número de cruzeiristas em relação à temporada anterior. O número de cruzeiros também aumentou: 62% na temporada 2009/2010. A quantidade de navios teve uma média de crescimento anual de 38% nos últimos 10 anos. A expectativa para a temporada de 2010/2011 é de uma oferta de 884.937 leitos, distribuídos em 20 navios, 414 cruzeiros e fazendo escalas em 21 portos brasileiros. Rio Grande receberá apenas um navio, com cerca de 2 mil passageiros.
Brasil precisa agregar valor a destinos para aumentar a competitividade e atrair mais estrangeiros, diz Embratur

Para aumentar a competitividade no mercado turístico internacional, o Brasil precisa “enriquecer o seu produto turístico” e mostrar aos estrangeiros que o País tem, em vários destinos, mais de uma opção de atividade para quem venha a trabalho ou a passeio. A ideia é do presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Mário Moysés.

No ano passado, números preliminares apontam que o Brasil recebeu 5,1 milhões de turistas estrangeiros que trouxeram US$ 5,91 bilhões ao País. No entanto, o valor gasto por brasileiros no exterior (cuja maior parcela é relativa ao turismo) é quase três vezes maior. Segundo Moysés, é difícil equilibrar o saldo. Além dos atrativos de outros países, destinos estrangeiros têm vantagens por causa da conectividade de transporte e oferta de pacotes baratos, “que atrai perfil com renda mais baixa e forma grande volume de visitantes”, explicou.

Na competição com destinos de sol e praia, por exemplo, o Brasil sofre concorrência direta do México, dos países do Caribe e até da Espanha que estão mais próximos dos “países emissores” da Europa e América do Norte. Para atrair mais turistas estrangeiros, a estratégia é crescer em mercados que já são alvo como a Alemanha e a Inglaterra; em mercados emergentes, como os países escandinavos; e, especialmente, na América do Sul. Segundo Moysés, colombianos, peruanos e venezuelanos ainda visitam pouco o Brasil.

A expectativa da Embratur para este ano é que 5,5 milhões de turistas de outros países venham ao País. No ano da Copa do Mundo (2014), a projeção é de até 8 milhões de pessoas; e em 2020, 10 milhões de visitantes. Para atrair mais turistas, a Embratur vai aumentar sua participação em feiras estrangeiras de turismo e seminários com agentes de viagem, companhias aéreas e operadores de pacotes no exterior.

Fonte: Jorna do Commerci (RS)

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