Técnicos contratados para avaliar os danos causados pela enchente ao berço de atracação número 1 do Porto de Itajaí, operado pela empresa holandesa APM Terminals, fizeram ontem a primeira análise da estrutura. As operações no cais, que teve um rebaixamento entre 15 e 20 centímetros, estão suspensas por quatro a seis meses, conforme a Superintendência do complexo portuário.
A causa apontada para a movimentação da estrutura foi a força das águas. A correnteza provocou um aprofundamento do Rio Itajaí-Açu na área em frente ao berço. Naquele ponto, o canal que tinha cerca de 14 metros de profundidade, passou a 20 metros, desestabilizando as estacas do berço.
Estudos deverão indicar de que forma serão feitos os reparos na estrutura. A reforma será paga pela empresa arrendatária, que possui seguro do cais. Enquanto as obras não ficarem prontas, a APM Terminals deverá ocupar o berço número 4, que estava em desuso.
A PROFUNDIDADE
Quanto maior o volume de cargas de um navio, mais ele pesa e maior é a superfície do casco que fica submersa. Se o canal estiver raso, há risco da embarcação encalhar nas manobras. Para evitar que isso ocorra, são feitas batimetrias (medições de profundidade), e dragagens de manutenção. O Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açu tem operado com uma profundidade média de 12,5 metros. Uma dragagem está em andamento para que o canal fique com 14 metros de profundidade
Fonte:Jornal de Santa Catarina
PUBLICIDADE