Os deputados que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Portos na Assembleia Legislativa receberam na manhã desta última quarta-feira (21) o ex-diretor técnico do Porto de Paranaguá, no período de junho a setembro de 2007, Leopoldo Campos. O engenheiro reafirmou as denúncias já apresentadas ao Ministério Público e à Polícia Federal sobre supostas irregularidades em licitações e obras realizadas no Porto.
A reunião, que durou pouco mais de duas horas, permitiu que os parlamentares questionassem o ex-diretor sobre o período em que ele ocupou o cargo, no segundo semestre de 2007, quando então apontou as possíveis irregularidades. Segundo Campos, a sua participação na CPI pretende contribuir para a apuração dos fatos envolvendo a gestão portuária naquele período, principalmente porque a comissão tem a possibilidade de complementar e respaldar as investigações já em andamento.
"Quero ressaltar que é muito importante o trabalho desta CPI. No Porto foram cometidas irregularidades, que já foram levadas ao conhecimento do Ministério Público e da Polícia Federal, de forma documentada. Acho que esta CPI pode trazer à tona muitas coisas e pretendo contribuir para que se apure e se responsabilize quem cometeu irregularidades", afirmou Campos.
De acordo com o presidente da CPI, deputado Douglas Fabrício (PPS), a presença do ex-diretor permitiu aos deputados o questionamento acerca do funcionamento e das questões internas do Porto.
Além da Fabrício, os deputados Fernando Scanavaca (PDT), Ademir Bier (PMDB), Jonas Guimarães (PMDB), Evandro Júnior (PSDB), Pedro Lupion (DEM), Rasca Rodrigues (PV) e Stephanes Júnior (PMDB) participaram da reunião e fizeram perguntas ao ex-diretor, principalmente sobre licitações, contratos e a participação de empresas privadas nas relações comerciais do Porto de Paranaguá.
"Ele contribuiu muito com a CPI, trouxe informações importantes e que já foram apresentadas ao Ministério Público e à Polícia Federal. Foi o depoimento de uma pessoa que conheceu o dia a dia do porto e como as coisas funcionavam. Acredito que todos os parlamentares saíram satisfeitos com a presença dele na comissão", avaliou Fabrício, presidente da CPI.
Fonte: Bondenews
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