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Exportação cai 39% via Pecém

Mesmo com o recuo no bimestre, o Porto do Pecém continuou como o principal canal exportador do Ceará

O Porto do Pecém é o maior canal de escoamento dos produtos locais para o exterior. Porém, apesar do aumento de 7% nas exportações do Ceará no primeiro bimestre deste ano ante similar período do ano passado, a participação do porto teve uma queda significativa.

O volume gerado em divisas da ordem de US$ 123 milhões acumulado entre janeiro e fevereiro de 2010 recuou para US$ 74 milhões em iguais meses deste ano. Uma retração de 39%. Para se ter uma ideia, a participação do Porto do Pecém em tudo o que foi enviado para fora do País era de 61%, a mais alta entre 10 outros tipos de canais de exportação. Contudo, neste primeiro bimestre de 2011, não alcançou 35%.

Os dados são do Ceará em Comex, levantamento produzido pelo Centro Internacional de Negócios (CIN), da Fiec, com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). O diretor Comercial da Cearáportos, Mário Lima Júnior, afirmou que não há (e não houve) problemas com o equipamento nesse período. "Todas as linhas do porto estão funcionando normalmente".

Ele preferiu não comentar o assunto mais profundamente porque ainda não teve acesso ao estudo. "Fica difícil falar agora, sem ter acesso aos números, mas podem haver várias explicações", disse, exemplificando, sobretudo, a questão do desequilíbrio maior do câmbio neste começo de ano, ou a provável negociação das frutas com valor agregado mais alto no início de 2010.

Primeira opção

Mesmo com o recuo, o Porto do Pecém continuou como o principal canal exportador do Ceará. Em seguida, aparece um item que representa as mercadorias que foram enviadas para outros países sem origem da saída declarada, que representam a expressiva quantia de US$ 64 milhões, ou 30% de toda a exportação cearense. O Porto do Mucuripe ficou em terceiro, com 25% de participação. Por lá saíram na soma de janeiro e fevereiro deste ano o montante de US$ 53 milhões, somente 5% acima do ao volume registrado em igual intervalo de 2010.

Somente no mês passado, o Estado somou US$ 104,9 milhões em vendas a mercados internacionais, anotando a melhor marca para os meses de fevereiro na série histórica, conforme informou, com exclusividade, o Diário do Nordeste na última quarta-feira, 16.

Mais dados

Enquanto o avanço nas exportações durante o primeiro bimestre do Estado chegou a 7%, em similar período, no Brasil, a elevação foi esmagadoramente superior, com quase 36% de crescimento. A diferença de comportamento também ocorreu no saldo da balança comercial. Na contramão da média nacional, no Ceará, mais uma vez, as importações foram mais fortes. O acumulado até o mês passado é de déficit de US$ 53 milhões.

Por outro lado, o preço médio das exportações cearenses atingiu o valor de US$ 2,77 - o maior valor já alcançado nos últimos 10 anos.

Dessa forma, o Ceará subiu para 15ª colocação no ranking entre as unidades federativas, ultrapassando Pernambuco, que fechou fevereiro, com o acúmulo de US$ 206 milhões exportados. A região nordestina, inclusive, foi a única do Brasil a não obter crescimento médio no total das exportações por regiões, e ficou com variação negativa de 0,2%. Bem diferente dos índices positivos de Norte (76,4%), Sudeste (40,5%), Sul (31,1%) e Centro Oeste (29,3%).

Produtos

Os setores de Calçados e Castanha de Caju continuaram dominando a pauta local vendida para fora do País. Os dois segmentos juntos representaram mais de 50% do total exportado. Em contrapartida, Calçados sofreu retração de 20% no período de comparação. Já os setores de Eletrônicos e Eletrodomésticos, Têxteis e Máquinas e Metal Mecânico são os únicos que apresentam do rol de principais itens em que as importações foram superiores ao que foi vendido, tornando, dessa forma, o saldo comercial negativado. O destaque nas compras cearenses foram algodão do tipo simplesmente debulhado, não cardado nem penteado (729%) e algodão não cardado nem penteado (536%). Ambos vieram da Argentina e EUA.

Comércio exterior

74 mi de dólares foi o volume gerado em divisas acumulado entre janeiro e fevereiro deste ano no Porto do Pecém, contra US$ 123 milhões registrados em iguais meses de 2010.

Fonte: Diário do Nordeste (CE)/ILO SANTIAGO JR.






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