O boletim estatístico da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), divulgado nesta quarta-feira (15), aponta que as exportações brasileiras cresceram 3,2% em agosto de 2025, primeiro mês após a entrada em vigor das tarifas de importação de até 50% impostas pelo governo americano a produtos brasileiros, na comparação com o mesmo mês de 2024. O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) destacou que a queda de 17% do volume exportado para os Estados Unidos registrada pela Antaq foi compensada pelo aumento de vendas para Índia, de 345%, México, de 97%, Argentina, de 50%, e China, de 12%.
No mês, a movimentação nos portos do país apresentou crescimento de 7,8% em relação ao mesmo período de 2024 e o acumulado do ano atingiu 914,8 milhões de toneladas, 2,8% a mais que nos oitos primeiros meses do ano anterior. O crescimento foi maior nos terminais privados, com 11%, e o porto público que teve maior alta foi Itajaí, em Santa Catarina, com 412%. No acumulado de 2025, Itajaí (SC) registra o dobro da movimentação de todo o ano passado, chegando a 2,5 milhões de toneladas.
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Segundo o informativo da Antaq, em agosto houve recordes no transporte de longo curso, atingindo 95,4 milhões de toneladas, no de cabotagem, com 28,2 milhões de toneladas, e no interior, entre portos fluviais, chegando a 8,1 milhões de toneladas.
Por tipo de carga, o maior incremento foi no segmento de granel líquido, de 25% com volume recorde para o mês de 32,5 milhões de toneladas. De petróleo e derivados, passaram pelos portos 22,5 milhões de toneladas, 33,4% a mais que no mesmo mês do ano passado. O relatório aponta ainda 11,3% de alta na exportação de minério de ferro, com 42,2 milhões de toneladas, e de 3,4% na de milho, com 10,7 milhões de toneladas.
O ministro de portos e aeroportos, Silvio Costa Filho, disse que o crescimento da movimentação de carga nos portos do país e o aumento da exportação reforçam a importância de o Brasil buscar outros mercados no comércio internacional. “Estamos trabalhando para expandir ainda mais o volume de carga no modal aquaviário, pois isso se reflete no aumento de emprego e da renda”, afirmou Costa Filho em nota.
