Não são só os representantes do setor portuário que estão otimistas com a implementação do Porto sem Papel. Os exportadores também aguardam ansiosos para que o tempo de desembaraço da carga seja feito de forma mais eficiente. "A falta de integração entre os órgãos públicos aumenta o custo das operações, que sempre cai nas costas do exportador", diz o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto Castro.
O resultado disso é a redução da competitividade do produto nacional no mercado externo. O executivo conta que já ouviu importador dizer que era mais fácil comprar da Argentina do que do Brasil por causa da falta de previsibilidade para receber a mercadoria. Na média, todo o processo para exportar um produto nacional gasta 9,2 dias, contra 5,2 dias da Austrália; 2,5 de Hong Kong; e 4,7 dos Estados Unidos, segundo dados do Banco Mundial.
Custo Brasil. A criação do programa pode ser um ponto importante para a redução do chamado Custo Brasil, diz o presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli. Ele afirma que, embora haja uma expectativa de redução de emprego no segmento que prepara toda documentação dos navios, há uma expectativa de elevação de vagas no entorno do porto, já que haverá aumento de produtividade.
Fonte: O Estado de S.Paulo
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