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Fábricas de equipamentos para parques eólicos investem em Suape

SANTO AGOSTINHO (PE) – Considerado um dos estados com maior potencial para aproveitamento de energia eólica no país, Pernambuco trabalha para aproveitar o que a natureza lhe deu. No complexo portuário e industrial de Suape, no município metropolitano de Cabo de Santo Agostinho, a argentina Impsa investe desde 2007 na maior fábrica de aerogeradores do Brasil. A espanhola Gestamp, do grupo Gonvarri, chegou em 2009 para produzir torres. Juntas, as empresas empregam mais de 1.300 pessoas.

A companhia dinamarquesa LM Wind Power vai instalar fábrica de pás eólicas. O grupo Gonvarri se organiza para lançar a Iraeta, uma fábrica de flanges, anéis que unem os grandes cilindros que formam as torres eólicas. Juntos, os quatro empreendimentos representam investimentos de R$ 350 milhões.

— É só o começo — diz o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Frederico Amâncio, presidente do Porto de Suape. Ele destaca que o potencial eólico do Nordeste é de 144 GW (equivalente a 13 usinas Belo Monte), segundo a Associação Mundial de Energia Eólica.

A geração de energia elétrica pelo vento se concentra nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia, onde estão instalados cerca de 70% dos parques eólicos do país. A expectativa brasileira é de gerar 10 GW até 2015, e 15 GW em 2020. A geração atual no país é de 2 GW.

Pernambuco está em posição de destaque nesse mercado, considerado promissor. Tem um porto estratégico — localizado no complexo industrial de Suape — e oferece incentivos para se tornar um grande polo de produção de equipamentos eólicos.

Com as novas empresas se fecha a cadeia produtiva das grandes peças — torres, aerogeradores e pás. Pernambuco quer atrair o segundo nível da cadeia, o de suprimentos, para reduzir custos. Para isso, Suape se tornou, há dois meses, o primeiro porto membro da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).

Concorrentes ficam em Sorocaba

O secretário acredita na tendência de chegada de empreendimentos eólicos para o Nordeste pela própria dificuldade do setor quanto à mobilidade e logística. A maior produtora de pás eólicas, a Tecsis, exemplifica ele, fica em Sorocaba (SP), a mais de 100 quilômetros do Porto de Santos.

— Um megaproblema de mobilidade — define Frederico Amâncio, sobre o transporte das pás, de grandes dimensões, até o porto, para então serem embarcadas para o Nordeste.

O diretor executivo da Impsa, Emilio Guiñazú, diz que a estratégia da empresa em se instalar no litoral pernambucano foi acertada. Com capacidade para construir 400 aerogeradores por ano, a empresa pode chegar a 500/ano. A demanda atual é de 300, 30% acima do ano passado. Do total produzido, 88% se destinam ao mercado nordestino (Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte). Os 12% restantes seguem para Argentina e Venezuela.

A empresa enfrenta dificuldades de acesso ao complexo, com constantes engarrafamentos.

— Suape cresceu de forma explosiva, abriga mais de 100 indústrias, todas sofrem com a mobilidade — diz Guiñazú, acrescentando a preocupação com a cobrança de impostos.

— O equipamento eólico é isento de ICMS, mas os seus componentes não, o que vira custo para a empresa.

Apesar dos obstáculos, a Impsa está construindo uma segunda fábrica em Suape para produzir componentes para turbinas eólicas e geradores.

Fonte: DO ESTADO DE S. PAULO/Angela Lacerda






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