O diretor-geral da ANTAQ Fernando Fialho apresentou na última terça-feira (17/01), na V Brazil Equity Ideas Conference, realizada pelo banco de investimentos Credit Suisse, em São Paulo, a palestra “Infraestrutura de transportes aquaviários”, para uma plateia composta por executivos e investidores de empresas diversas.
Fialho explicou aos espectadores o modelo de organização do setor portuário brasileiro, em que a União detém a titularidade dos portos, mas explora-os por meio de concessões (arrendamentos) à iniciativa privada.
“Este é o modelo landlord, adotado pela maioria dos países. O porto é organizado como um shopping: a administradora e os lojistas seriam, respectivamente, a União e os arrendatários”, ilustrou o diretor-geral.
O Plano Nacional de Logística de Transportes e o Plano Geral de Outorgas (PGO) foram destacados por Fernando Fialho como importantes instrumentos para o planejamento de políticas públicas e de investimentos privados.
“O PGO identifica, na costa brasileira, as áreas mais propícias a receber investimentos, seja na construção de novos portos, seja na ampliação dos existentes”, lembrou o diretor-geral, que anunciou ainda, para fevereiro, a conclusão do Plano Nacional de Integração Hidroviária.
À semelhança do PGO, o PNIH identifica em quais pontos às margens das hidrovias seria mais vantajoso construir terminais hidroviários. O objetivo, explicou Fialho, é tornar as hidrovias corredores logísticos, como o rio Mississipi, nos Estados Unidos.
Excelentes oportunidades de investimento já estão surgindo com a perspectiva de exploração do pré-sal e devem crescer muito até o início da operação, acredita Fialho. “Este é um bom momento para investir”, concluiu.
Do mesmo painel participou o presidente da Santos Brasil, Richard Klien, que, juntamente com Fialho, respondeu a perguntas da plateia sobre os desafios e oportunidades de investimento no setor portuário brasileiro.
Fonte: Antaq
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