Um dos grandes exportadores de frutas do Brasil, o Ceará já comercializou com outros países mais de 105 mil toneladas (ton) do produto somente no acumulado de janeiro a agosto deste ano. O volume poderia ser ainda maior, mas o Porto do Pecém - responsável por mais de 70% desse montante - sofreu com a crise europeia e registrou uma queda de 27% nas exportações durante o período, exatamente o contrário do que aconteceu com o Porto do Mucuripe, que cresceu 28%, mas ainda comercializa a metade do Pecém.
Ao todo, o Porto do Mucuripe exportou 35,9 mil ton de frutas no acumulado de janeiro a agosto, frente as 28,1 mil toneladas registradas no mesmo período do ano passado.
Para o diretor de gestão portuário do porto, Mário Jorge, com os bons resultados, a previsão é que o local feche o ano com números bem superiores àqueles registrados no ano passado.
Mais armadores
"O Porto do Pecém tem muito mais armadores do que o do Mucuripe, por isso sempre vai exportar mais. O nosso crescimento, porém, mostra que estamos fechando mais fretes e isso me faz acreditar que fecharemos o ano com muito mais exportações do que em 2011, tendo em vista que o pico da safra está para acontecer", explica.
Segundo o Presidente da Companhia Docas do Ceará (CDC) - empresa que administra o Porto do Mucuripe -, Paulo André Holanda, as principais frutas exportadas pelo local são: banana, manga, mamão, melancia e melão. As frutas seguem para a Europa, chegando através dos portos localizados na Espanha, Holanda, Inglaterra e França. Seguindo o caminho contrário do do Porto do Mucuripe, o Pecém viu no acumulado do ano suas exportações caírem 27% na comparação com o ano passado. Até agosto, o local havia comercializado 70,4 mil toneladas com outros países, valor bem abaixo das 95,9 mil t exportadas no mesmo período de 2011. A queda foi impulsionada, principalmente, pela crise europeia, já que somente Holanda e Grã Bretanha são responsáveis por 61% das aquisições de frutas do Ceará. Entre todas as frutas, o melão amarelo foi responsável por mais da metade do que o Pecém exportou até agosto.
Ao todo, foram 37,5 mil ton, 26 mil ton a mais do que a castanha de caju, segunda colocada com 11,5 mil toneladas.
Fonte: Diário do Nordeste
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