O setor portuário brasileiro registrou em 2024 uma movimentação recorde de 437,73 milhões de toneladas, representando um crescimento de 7,42% impulsionado pelo agronegócio e por produtos como trigo (+40%), açúcar (+27,68%) e fertilizantes (+9,4%). De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), este avanço foi por conta dos investimentos de R$ 20,8 bilhões nos últimos dois anos, mais que o dobro do governo anterior, com a previsão de ultrapassar R$ 50 bilhões até o fim do governo atual. Esses recursos têm sido direcionados para modernização e ampliação da infraestrutura portuária, com destaque para os 50 novos leilões previstos até 2026, incluindo o Porto de Itaguaí e o terminal STS10.
Além disso, projetos estratégicos como o túnel submerso Santos-Guarujá, com investimento estimado em R$ 5,96 bilhões, e o programa “Navegue Simples” reafirmaram o compromisso do MPor com a inovação e sustentabilidade. Em 2024, o programa Porto Sem Papel alcançou 100% de implementação nos portos públicos, enquanto a Agenda 2030 e o Pacto pela Sustentabilidade avançaram no compromisso com a descarbonização e operações sustentáveis. No setor hidroviário, os investimentos somaram R$ 45 bilhões, com R$ 30,87 bilhões destinados a 435 projetos de construção naval e infraestrutura, consolidando o segundo maior volume de investimentos históricos.
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O setor aéreo também teve um ano marcante, com um recorde de 118,3 milhões de passageiros, superando as metas iniciais, e a implementação do programa “Voa Brasil”, que democratizou o acesso às passagens aéreas. Adicionalmente, medidas emergenciais foram adotadas para enfrentar enchentes e garantir a continuidade operacional em aeroportos. O Ministério ainda destinou R$ 370 milhões para ações de combate à seca extrema.