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Governo do Rio adia para 2011 conclusão de Arco Metropolitano

Obra, que pretende desafogar o trânsito na cidade, era prometida para este ano

O prazo de conclusão da via, que terá 145 km, foi prorrogado para o segundo semestre de 2011

O Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, via que terá 145 km de extensão, ligando o município de Itaboraí, na região metropolitana, ao porto de Itaguaí, na zona oeste da cidade, só deve ficar pronto no segundo semestre de 2011. A obra, parceria entre os governos estadual e federal que integra o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), foi lançada em junho de 2008, com previsão de dois anos para a sua conclusão. Entretanto, em agosto passado, o governo do Estado publicou decreto em que oficializa o adiamento.

Segundo o governo fluminense, não há atraso. O subsecretário de Infraestrutura, José Antônio Portela, diz que tudo está dentro do cronograma.

- Tivemos dois momentos. Quando o ex-secretário Pezão fez o anúncio da obra, tínhamos a expectativa de terminá-la em dezembro de 2010. Porém, tivemos alguns entraves imprevisíveis, como a descoberta de 34 sítios arqueológicos. Depois que esses problemas foram equacionados, tivemos que dilatar o prazo.

Idealizado em 1976, o Arco, que atravessará os municípios de Guapimirim, Magé, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Japeri, Seropédica e Itaguaí - um dos seus objetivos é desafogar o tráfego na via Dutra, avenida Brasil e ponte Rio-Niterói - ficou esquecido durante décadas. Desde então, o número de carros, caminhões e carretas aumentou, saturando as principais portas de entrada do Estado.

- Hoje, o Arco talvez seja mais importante para ajudar na ligação do Sul e do Sudeste com os Estados do Norte e Nordeste, já que ele corta as cinco principais rodovias federais do Estado.

A obra, dividida em quatro segmentos, não avançou nem 20% da sua totalidade. No trecho que ligará a BR-040 (Rio-Juiz de Fora) até o acesso ao porto de Itaguaí, foram gastos R$ 100 milhões, dos R$ 965 milhões estimados para a sua conclusão.

Pererecas e sítios arqueológicos

Entre os muitos fatores que atrasaram a obra, um dos mais curiosos foi a descoberta de um brejo, onde vive a perereca em extinção Physalaemus soaresi. Isso levou à construção de dois viadutos na BR-465 (antiga Rio-São Paulo).

Outras mudanças no traçado da via também tiveram que ser feitas por conta dos 34 sítios arqueológicos, o que causou embates com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Agora a promessa é de que não haja mais atrasos.

- O problema com o Ibama já foi totalmente resolvido. Construiremos dois viadutos e preservaremos o local onde vive a perereca. Caso encontremos outros sítios arqueológicos ou espécies em extinção, faremos interferências pontuais no projeto. Nada que possa causar atrasos no cronograma.

Fonte: R7/Fernando de Oliveira, no Rio


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