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Kepler Weber vê desaceleração neste ano

A alta dos juros do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a partir de abril, o aumento da concorrência e a pressão dos custos do aço devem reduzir o ritmo de crescimento das vendas da Kepler Weber em 2011. Segundo o diretor de relações com investidores, Nolci Santos, o desempenho deste ano não deve seguir os patamares de 2010, quando a fabricante de silos e equipamentos para armazenagem de grãos apurou alta de 72,5% na receita líquida consolidada, para R$ 366,3 milhões, e transformou o prejuízo de R$ 3,5 milhões de 2009 em lucro de R$ 25,4 milhões.

Conforme o executivo, a desaceleração começou a ser percebida no quarto trimestre, quando o crescimento da receita líquida sobre igual período do ano anterior ficou em 19,5%, para R$ 116,2 milhões. No mesmo intervalo, o lucro passou de R$ 3 milhões para R$ 17,4 milhões. Segundo o superintendente comercial João Tadeu Vino, o desempenho dos últimos três meses de 2010 foi ainda afetado pela base de comparação mais elevada do quarto trimestre de 2009, quando as vendas reagiram com força depois da crise mundial de 2008.

A indefinição sobre a renovação do PSI nos primeiros meses deste ano também atrapalhou os negócios no primeiro trimestre, afirmou Santos. Agora, de acordo com ele, o aumento da taxa de juros de 5% para 8,7% ao ano e a redução da parcela financiável de 90% a 100% para 70% a 90% do valor dos produtos vendidos pela Kepler podem "inibir" alguns negócios, apesar da necessidade de redução do déficit da capacidade de armazenagem de grãos no país, estimado pela empresa em 36,9 milhões de toneladas.

Em 2010, embalada pelo crédito mais barato e pelas encomendas que haviam sido represadas na crise, a receita líquida da Kepler em 2010 foi recorde em valores nominais, pois superou os R$ 363,1 milhões apurados em 2004, o melhor desempenho até então. O mercado interno contribuiu com R$ 299,9 milhões, com alta de 84,2%, enquanto as exportações avançaram 34,3%, para R$ 66,4 milhões. O lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) deu um salto de R$ 1,3 milhão para R$ 53,3 milhões, impulsionado pela aumento de 13,2% para 22% na margem bruta no período.

Além da ampliação da escala de produção, que avançou 56,5% em 2010, para 49,5 mil toneladas de aço processado, a retomada das encomendas puxada pelas cooperativas e comercializadoras de grãos permitiu a recomposição de preços que haviam sido comprimidos durante a crise. Segundo Santos, a empresa também importou da China, da Bélgica e da Austrália 40% do aço que consumiu durante o ano para driblar o aumento dos custos da matéria-prima no mercado interno.

Agora, a diferença de preço a favor do aço importado é menor. O desempenho do mercado doméstico de equipamentos de armazenagem de grãos, que em 2010 voltou o patamar pré-crise de R$ 700 milhões por ano depois do tombo para R$ 450 milhões em 2009, também é uma "incógnita" em 2011, admite Vino. Ao mesmo tempo, a competição tende a se acirrar com o anúncio da americana GSI de retomar a produção de silos para armazenagem de grãos em Marau (RS) depois de um ano fora do mercado.

Fonte: valor Econômico/Sérgio Bueno | De Porto Alegre

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