São Paulo - A LLX, companhia de logística do grupo EBX de Eike Batista, resolveu comprar o direito de posse de terrenos de pequenos lavradores instalados na área que acolherá o Porto do Açu, em São João da Barra, norte do Rio de Janeiro. De acordo com o diretor de Sustentabilidade da EBX, Paulo Monteiro, já foram adquiridos 40 destes direitos. A LLX estaria interessada em comprar mais propriedades. A intenção seria garantir que o processo de desapropriação da área no entorno de Açu ocorra de fato, mesmo diante das falhas nos documentos de propriedade apresentados por algumas famílias. "Se não fizéssemos nada, os agricultores levariam dois anos para receber esse dinheiro da desapropriação das terras. Alguns poderiam nem receber", afirmou ele. -
Ainda de acordo com o executivo, muitos produtores da região cultivavam áreas não regularizadas. "A LLX e as outras duas empresas que atuam na região depositam o dinheiro da desapropriação mas os moradores não conseguem receber, porque na verdade eles plantavam em terras de usinas de cana de açúcar quebradas, que estavam com as propriedades na Justiça. Então as pessoas que moravam nas terras desapropriadas não terão como mostrar a documentação e retirar o dinheiro", explicou ele.
O Grupo informou que a LLX estaria pagando o preço mínimo de 2 hectares por direito de posse e ainda garantindo aos lavradores uma renda equivalente à média mensal de produção da propriedade por um período de 2 anos. As famílias desapropriadas serão transferidas para um assentamento construído pela LLX em uma antiga fazenda local, que será inaugurado oficialmente no dia 15 de outubro.
Projeto
O presidente da MMX (braço minerador do grupo de Batista), Roger Downey, afirmou que a duplicação do superporto do Sudeste pode custar R$ 1,2 bilhão. O terminal está em construção na cidade fluminense de Itaguaí. A responsável pelas obras e pela gestão das instalações é a PortX, empresa criada a partir da junção de alguns ativos desmembrados da MMX e da LLX.
A primeira fase do projeto deve ser concluída em 2013 e terá capacidade para movimentar 50 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. A MMX já protocolou um estudo de impacto ambiental no Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro - uma das condições para que possa obter a licença visando ampliar a capacidade do complexo para 100 milhões de toneladas.
Fonte: DCI
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