A Dow Química e a Log-In Logística Intermodal inauguraram ontem um armazém ecossustentável no complexo fabril da Dow, no porto de Santos, em Guarujá (SP). O "armazém verde" tem 5.500 metros quadrados e capacidade para 5 mil posições pallets de carga seca, o equivalente a 4 mil toneladas de produtos. O negócio é uma parceria com a Log-In, que investiu R$ 25 milhões na construção e irá operar o armazém por dez anos, período em que a administração da instalação vai remunerar o investimento.
Com esse armazém dentro de seu complexo fabril-portuário, a Dow vai eliminar uma etapa logística, concentrando dentro da unidade de Guarujá o armazenamento de cargas de importações já nacionalizadas. A Log-In atuará como operador logístico, recebendo a carga que chega de outras unidades da Dow ao redor do mundo. Irá descarregar e armazenar, até a expedição aos clientes da empresa. Serão armazenados na nova unidade produtos como surfactantes (usados em produtos de limpeza), polióis (em espumas para colchões e estofados), e biocidas (soluções para controle microbiano).
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A unidade de Guarujá recebe cerca de 70% das importações brasileiras da companhia química, que são destinadas basicamente ao mercado doméstico.
Até hoje, a Dow usava a estrutura de um centro de distribuição da Santos Brasil, em São Bernardo do Campo (SP), que continuará a ser utilizado para as cargas da Dow direcionadas a clientes de São Paulo. Segundo o diretor de Supply Chain da Dow para a América Latina, Vinício Stancati, a companhia estuda adotar o mesmo modelo logístico de "armazém verde" no outro terminal portuário da empresa no Brasil, em Aratu (BA). "Existe essa possibilidade", disse.
Dow e Log-In já atuam em parceria desde 2011, no armazém da Log-In em São Francisco do Sul (SC). Segundo Rômulo Otoni, diretor de operações da Log-In, há conversações para que a parceria seja ampliada, por meio do transporte de cabotagem de cargas em contêineres. O principal negócio da Log-In é o transporte marítimo doméstico. Além de reduzir custos com transporte, a nova unidade diminui a pegada ambiental.
O projeto do armazém seguiu o sistema LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) para construções de baixo impacto ambiental e incluiu soluções sustentáveis da Dow. Entre as características da instalação, estão a redução de 30 toneladas/ano de emissões de CO2; economia de mais de 40% no consumo de água, com, entre outros mecanismos, coleta de águas pluviais; sistemas de iluminação e refrigeração que reduzem em 13% o consumo de energia; sistema de aquecimento de água por meio de energia solar; e uso de revestimento impermeabilizante que reduz os efeitos das ilhas de calor.
Fonte:Valor Econômico\Fernanda Pires | De Guarujá