SÃO PAULO - Embalada pelo reforço nos investimentos em estocagem pelos produtores de grãos do país, a brasileira Kepler Weber, fabricante de equipamentos para armazenagem e movimentação de granéis, registrou lucro recorde em 2014. O resultado líquido da companhia ficou positivo em R$ 132,7 milhões, expressivo crescimento de 113,7% em relação a 2013, de acordo com balanço financeiro divulgado nesta sexta-feira.
A receita líquida da empresa também apresentou forte incremento no ano passado, de 52,3%, para R$ 905,8 milhões. No quarto trimestre de 2014, o faturamento somou R$ 251,5 milhões, alta de 40,1% sobre o mesmo período de 2013, enquanto o lucro líquido avançou 98% na mesma comparação, a R$ 49,6 milhões.
O Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), lançado em 2013 pelo governo federal, continuou a ter papel decisivo para os bons resultados da Kepler. O PCA oferece aos produtores rurais uma linha de financiamento com taxa de 4% ao ano para a expansão da infraestrutura de armazenagem agrícola do país. O programa prevê a liberação de R$ 5 bilhões entre 2013 e 2017.
“Além desse fator externo, a empresa foi beneficiada por vir se preparando desde 2011 para um aumento da demanda interna no Brasil”, disse ao Valor Olivier Colas, diretor vice-presidente e de relações com investidores da Kepler Weber. A companhia reforçou os aportes para aumentar a capacidade e a agilidade de suas plantas fabris, com um investimento total de R$ 64,7 milhões em 2014. Para 2015, a companhia espera voltar a um nível de investimento que considera “normal”, entre R$ 25 milhões a R$ 30 milhões, mais voltados à manutenção de máquinas.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da Kepler alcançou R$ 161 milhões em 2014, aumento de 64,4% em relação ao ano anterior. Já no quarto trimestre, esse valor ficou em R$ 23,2 milhões, queda de 13,2% ante o mesmo período de 2013. A margem Ebitda, por sua vez, totalizou 17,8% no ano, avanço de 1,3 ponto percentual, enquanto no quarto trimestre houve uma queda de 5,7 pontos, para 9,2%.
Fonte: Valor Econômico/Mariana Caetano
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