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Mais armazéns em novas fronteiras da agricultura

A nova fronteira agrícola da região de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, conhecida como "Matopiba", deve ser a escolhida pelo Ministério da Agricultura para receber os primeiros investimentos na construção de armazéns de grãos nas propriedades rurais. Apesar de ter produzido 12,2 milhões de toneladas de grãos na safra 2009/10, o equivalente a 8% da produção nacional, a região é considerada carente de infraestrutura pelo governo.

Para resolver o problema dos agricultores que precisam vender a produção logo após a colheita - quando os preços estão mais baixos devido a grande oferta - o ministério deve concluir, até o fim de julho, um levantamento sobre a expansão dos armazéns rurais. Devido ao crescimento da produção nos últimos anos, o governo avalia que os 15% atuais que são armazenados nas propriedades são pouco perto do necessário. O grupo de trabalho está concluindo o estudo para definir o plano de ação do governo.

"O produtor é penalizado algumas vezes por não poder segurar sua produção e esperar preços melhores. Depois da retirada da soja, ele tem três meses até colher a safrinha, que vem em um volume 2,5 vezes maior. Com isso, ele precisa de desfazer da produção para abrir espaço", explica o coordenador de Serviços de Infraestrutura do Ministério da Agricultura, Calos Batista. "Mesmo com o Brasil batendo recordes ano após ano, nós conseguimos manter um nível estável de armazenagem devido ao aumento das vendas ao exterior e o aumento das compras pelas tradings", diz.

A Comissão de Agricultura discutiu ontem, em audiência pública, a armazenagem e estocagem de grãos no Brasil e os programas federais de infraestrutura para este fim. O autor do requerimento, deputado Bohn Gass (PT-RS), afirmou que em 2009 o Brasil possuía 5,8 milhões de toneladas em armazéns inativos. Com isto, o déficit nacional de armazenagem seria de 21,7 milhões de toneladas, caso toda a produção da safra 2008/09 fosse armazenada, de acordo com dados do IBGE.

"Para que a capacidade de armazenagem se equilibre à produção esperada para os próximos dez anos, adicionado aos déficits atuais, a necessidade de investimentos chegaria a R$ 17 bilhões em 2019/20", diz.

Durante a audiência, ficou claro que a falta de estudos gera incertezas quanto o real déficit de armazéns no país. Enquanto o governo não cita valores para investimentos, os deputados trabalharam com um número de R$ 7 bilhões. O Grupo de Armazenagem da CSMIA/Abimaq, calcula 15 bilhões enquanto outros estudos citam a necessidade de R$ 2,3 bilhões.

Fonte: Valor Econômico/Por Tarso Veloso | De Brasília






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