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Ministério da Defesa nega pedido de transporte de milho

Depois de quase duas semanas à espera de um retorno do Exército brasileiro, foi negado o pedido feito pelo Ministério da Agricultura para o transporte de milho em caminhões militares para as regiões Sul e Sudeste, afetadas pela falta do produto utilizado na ração de aves e suínos. A informação do Ministério da Defesa é de que os veículos não são estruturados para atender este tipo de serviço.

Confirmada pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, no dia 4 de setembro após reunião do Comitê Estratégico do Agronegócio, em São Paulo, a negociação envolveria o transporte de 400 mil toneladas do produto. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) entregou ao Exército um roteiro com origem e destinos do excedente de milho que sairia do Centro-Oeste para atender as regiões com a falta do grão para ser transformado em insumo.

Com a negativa, o governo aposta agora na retomada do interesse das transportadoras nos leilões com contratação de frete para a remoção de milho depois de três tentativas frustradas. Na última sexta-feira, todos os 33 lotes com um total de 105 mil toneladas, sendo 30,2 mil toneladas destinadas para o Rio Grande do Sul, foram vendidos.

— Tivemos problemas de achar interessados porque as transportadoras ainda estavam voltadas ao transporte da safra no centro do país — afirma o superintendente de armazenagem e movimentação de estoques da Conab, Rafael Bueno.

Presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Nestor Freiberger, afirma que o incentivo dado para o transporte feito por empresas que já conhecem o setor agrícola sempre foi defendido pelos produtores como a primeira opção devido a falta de experiência do exército na realização da operação.

— Hoje o transporte de milho é feito a granel e o Exército exigia o ensacamento do produto para transportar. Hoje em dia não se faz esse tipo de transporte de sacas para atender à demanda do produtor — salienta.

Novo leilão será realizado pela Conab nesta semana, com data e volume de oferta a definir. O objetivo da companhia é disponibilizar entre 70 e cem mil toneladas de milho para contratação de frete até o final do mês.

Fonte: Zero Hora / Nestor Tipa Júnior






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