Na contramão da ideia de gerar escala e baixar custos nos portos, o modelo para as licitações de novos arrendamentos em Paranaguá e Salvador pode impedir a ampliação dos atuais terminais de contêineres, segundo a Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres de Uso Público (Abratec), e inviabilizar investimentos de R$ 2 bilhões.
As empresas argumentam que a ampliação dos berços de atracação - e, eventualmente, dos pátios - é imprescindível para receber a nova geração de navios conhecidos como New Panamax, com 366 metros de comprimento, e que deverão chegar aos portos nacionais a partir de 2015, com a conclusão das obras de expansão do Canal do Panamá. Ocorre que o modelo atual foi desenhado com base em navios menores, que raramente ultrapassam 250 metros.
Segundo o presidente da Abratec, Sérgio Salomão, a nova Lei dos Portos permite a ampliação em áreas contíguas e as empresas estão prontas a fazer investimentos, mas as propostas de arrendamento ignoram esses ganhos de escala.
Fonte: Valor Econômico/Daniel Rittner e Francisco Góes | De Brasília e do Rio
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