Para verificar a concentração de contaminantes no ambiente marinho da área de influência do Porto de Vitória, foi realizada na quinta-feira (19), coleta do Programa de Monitoramento da Bioacumulação de Metais Pesados (PMBMP), condicionante nº 22 da Licença Ambiental de Regularização – LAR Nº 06/2014 da Codesa, que busca avaliar a acumulação de metais (como chumbo, cádmio, entre outros) nos tecidos de mexilhões (Perna perna) e ostras (Crassostea rhizophorae) em estações localizadas dentro e fora da extensão do porto.
O monitoramento da concentração de metais em ambientes aquáticos por meio de organismos vivos (mexilhões, por exemplo) tem sido uma atividade ambiental importante e motivo de estudos nos últimos anos. Elementos em alta concentração contaminam a água e provocam a intoxicação das espécies. Outros, por sua vez, até em baixa acumulação podem se tornar tóxicos.
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Segundo o analista ambiental da Environlink - empresa contratada pela Codesa para execução do programa-, Felipe Barros, o monitoramento com a utilização de organismos vivos filtradores é importante porque são capazes de indicar as variações no ambiente aquático. "??Os mexilhões, por exemplo, são largamente utilizados, capazes de refletir os níveis de contaminantes presentes no ambiente. Eles filtram a água constantemente, bioacumulando muitos compostos em seus tecidos"??.
A realização das coletas dos mexilhões e ostras ocorre duas vezes por ano, no verão e inverno. Este tipo de monitoramento possibilita que o Porto de Vitória possua dados sobre os contaminantes presentes no ambiente marinho dentro da sua área de influência, assumindo uma postura de responsabilidade ambiental quanto às suas atividades e ações.
Fonte: Ascom Codesa