Dados divulgados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) mostram que a movimentação dos Terminais de Uso Privado (TUPs) no Centro-Oeste cresceu 73, 12% nos cinco primeiros meses de 2025 em relação ao mesmo período do ano passado, passando de 2,13 milhões de toneladas para 3,69 milhões de toneladas. Segundo a Agência, o incremento foi puxado pelo uso de hidrovias, principalmente no Mato Grosso do Sul, e a maior movimentação foi de minério de ferro, soja, produtos siderúrgicos e minerais não metálicos.
No terminal Vetorial Logística, no Mato Grosso do Sul, houve no período crescimento de 216% do volume total movimentado, com destaque para cargas de ferro fundido, ferro e aço, que cresceram 347,4%, e de minérios, escórias e cinzas, com registro de aumento de 211,6%. No mesmo estado, o terminal Granel Ladário movimentou 294,3% mais toneladas que nos cinco primeiros meses de 2024, com incremento de 372,4% de minério de ferro e de 224,8% de terra e pedras. No Itahum Terminal, outro sul-mato-grossense, a alta foi de 163,3%, com a movimentação de soja chegando a 263,28%.
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Os terminais, nas cidades de Ladário e de Corumbá às margens do Rio Paraguai, fazem parte do Tramo Sul da Hidrovia Paraguai-Paraná, que conecta o Pantanal brasileiro ao oceano Atlântico por rios que cruzam o Paraguai e a Argentina e, segundo a Antaq, o uso das hidrovias tem sido determinante para o aumento das movimentações. A Agência informa que produtos como soja e milho são levados pela Hidrovia do Paraguai a portos do Norte do país, enquanto cargas minerais têm como destino portos como Itaguaí, no Rio de Janeiro, e Tubarão, no Espírito Santo, conectados por corredores multimodais.