A quantidade de cargas passadas pelo primeiro semestre de 2012 no Porto do Mucuripe, em Fortaleza, fez história. De acordo com dados contabilizados pela Companhia Docas do Ceará (CDC), responsável pela administração do terminal, foram cerca de 2,12 milhões de toneladas oriundas de exportação e importação entre janeiro e junho últimos. O volume é 7,4% maior que o registrado para igual período do ano passado e representa o maior já movimentado pelo terminal dentre todos os primeiros seis meses de funcionamento do Mucuripe.
Em nota, a CDC credita o alcance recorde ao "crescimento econômico do Estado do Ceará", considerado como responsável e influenciador da movimentação das cargas que passam pelo Porto. O terminal está em atividade desde 1953.
No balanço, mais da metade da movimentação - 55% ao todo - correspondem aos produtos dentro do chamado granel líquido, enquanto os granéis sólidos contabilizaram 27% das 2,12 milhões de toneladas, e as cargas em geral somando 18%.
Destaques
Entre os produtos com maior volume de movimentação no Porto do Mucuripe, tiveram destaque, de janeiro a junho deste ano, os derivados do Petróleo, como gasolina (286,7 mil toneladas), diesel (213,3 mil toneladas), gás liquefeito de petróleo (122,6 mil toneladas) e querosene de avião (70,6 mil toneladas). "Todos estes itens refletem o aumento do consumo de combustível dos veículos individuais e coletivos que trafegam em todo o Estado, do gás de cozinha necessário nas residências e indústrias da Capital e Região Metropolitana de Fortaleza e do combustível para aviões que chegam e partem todos os dias de Fortaleza. São insumos que só conseguem chegar a nossa cidade pela via marítima, em virtude do volume", observa o presidente da Companhia Docas do Ceará, Paulo André Holanda.
Já dentro da gama de artigos classificados como granel sólido, a maior movimentação no porto da Capital deve-se ao trigo, o qual chegou a 485,6 mil toneladas no período.
Paulo André explica que o grande volume é por conta da importação do produto da Argentina, Canadá e Estados Unidos para os moinhos cearenses.
No terceiro tipo de cargas, o principal produto movimentado pelo Porto do Mucuripe foi o arroz, com 93,6 mil toneladas, seguido pelo cimento, com 55,1 mil toneladas.
Entrada de energia eólica
Também para as cargas gerais, um dos artigos que aportaram no Mucuripe pela primeira vez foram flanges, turbinas e torres eólicas, os quais contabilizaram 4,1 toneladas e são destinados aos novos parques cearenses de geração de energia a partir dos ventos. Ainda para este setor, mas já com passagem anterior no terminal, as pás eólicas chegaram a uma tonelada no balanço do primeiro semestre.
Transportada dentro ou fora de contêineres, este tipo de carga ainda garantiu um incremento para os artigos movimentados dentro de contêiner, chegando a aumentar 9,94% com 3.076 TEUS (o que corresponde a 1.555 unidades de contêiner), segundo a CDC.
"Há uma tendência mundial de conteneirização das cargas, o que garante menor índice de faltas e avarias dos produtos que chegam às fábricas, comércios e casas das pessoas", o presidente da Companhia Docas.
Maioria
55% da movimentação do Porto no período correspondem aos produtos de granel líquido. Os granéis sólidos somam 27% e as cargas em geral atingem 18%
Fonte: Diário do Nordeste / Armando de Oliveira Lima
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