A multinacional Dow Química começa a construir neste mês um armazém de 5.500 metros quadrados em sua planta industrial, em Guarujá, na Margem Esquerda do estuário, nas proximidades do Porto de Santos. A instalação, uma parceria com a argentina Exologística Transportes, tem conceito verde (baixa agressão ao meio ambiente) e capacidade estática de 5 mil toneladas de carga seca – denominação dada a tambores, sacarias e cargas não granelizadas. As obras devem ser concluídas até outubro.
Presente em mais de 100 países, com vendas de US$ 55 bilhões no ano passado ao redor do mundo, a estadunidense Dow está se expandindo na América Latina, acompanhando o bom momento econômico da região. Para dar vazão a este crescimento, a logística terá papel decisivo. Os custos de movimentação de mercadorias nas plantas de Guarujá e São Bernardo do Campo tendem a cair com o novo armazém. E, segundo a empresa, o meio ambiente também sofrerá menor impacto.
Não foram revelados os valores de construção do novo galpão. O motivo alegado é que a firma tem capital aberto nos Estados Unidos, o que restringe a comunicação de informações a respeito de custos de investimentos.
Do ponto de vista ambiental, a empresa calcula a redução da emissão de CO2 da ordem de 30 toneladas ao ano. O motivo é que, atualmente, a Dow recebe matérias-primas importadas em contêineres pelo Porto (em qualquer terminal especializado); transporta-as em caminhões a São Bernardo, onde mantém um porto seco; desova as cargas e as devolve a Guarujá, onde passam pelo processo industrial e são transformadas em produtos finais. Resina Epóxi, um elemento anticorrosão, e poliuretano, utilizado na espuma de colchões, são exemplos de produtos acabados da unidade fabril.
“Vamos poder armazenar até 5 mil toneladas de carga seca. Tiramos, assim, milhares de caminhões com produtos perigosos das estradas”, pontuou o diretor de Supply Chain da Dow para a América Latina, Vinicio Stancati.
O armazém será construído com madeira certificada, telhas transparentes (para aproveitar melhor a iluminação natural), isolamento térmico (para reduzir o uso de aparelhos de ar-condicionado) e um mecanismo para aproveitamento da água da chuva (que será utilizada para descarga de vasos sanitários e limpeza, entre outros usos).
Estas características respeitam a certificação Leed (Liderança em Energia e Desenho Ambiental, na tradução livre do inglês), conferido pelo US Green Building Council (Conselho de Construção Verde dos Estados Unidos), uma organização sem fins lucrativos.
Fonte: A Tribuna / Samuel Rodrigues
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