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NE foi contemplado pelo PAC, diz ministra Ideli

A bancada do Nordeste no Congresso não está satisfeita com os investimentos do governo federal na Região, e este descontentamento foi manifestado de forma explícita pela maioria de seus integrantes, durante reunião com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ontem.

No encontro, que teve como objetivo debater a ausência de recursos destinados ao Nordeste pelo Programa de Investimentos em Logística, anunciado na semana passada pelo governo, Ideli foi clara ao afirmar que o Nordeste já foi contemplado com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), em outra oportunidade, e que não há possibilidade de grandes mudanças no Programa de Logística.

"O Plano (de logística) está traçado. Não haverá grandes modificações. Alguns ajustes podem ser feitos. O governo terá que trabalhar o máximo possível e colocar mãos à obra, mesmo assim não dará para recuperar o tempo perdido", afirmou, encerrando as esperanças nordestinas de contemplação do Nordeste dentro deste novo projeto.

O Programa de Investimentos em Logística: Rodovias e Ferrovias prevê o aporte de R$ 133 bilhões, sendo que R$ 79,5 bilhões serão investidos em cinco anos, enquanto outros R$ 53,5 bilhões serão injetados entre 20 a 25 anos. Ao todo, são R$ 42 bilhões em investimentos em rodovias, apenas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, em nove lotes de rodovias a serem concedidas para exploração.

Desequilíbrio regional

"O Brasil está ficando penso", afirmou o deputado cearense Danilo Forte (PMDB, ao analisar o mapa dos investimentos em rodovia anunciados pelo governo dentro do Programa. "O governo tem de resgatar uma política de equilíbrio regional e voltar a investir no Nordeste. Como se pode erradicar a pobreza, que é uma prioridade deste governo, sem atacar a pobreza onde ela é enraizada, que é justamente o Nordeste?", questionou.

Em sua fala para a ministra Ideli, o deputado foi duro ao acusar o governo Dilma de estar promovendo o sucateamento das instituições de fomento do Nordeste, principalmente do Dnocs e do Banco do Nordeste do Brasil. "O reflexo é a estagnação das obras estruturantes para o Nordeste, como a Transnordestina e a Revitalização do São Francisco", afirmou.

Contemporizador, o coordenador da bancada nordestina, deputado José Guimarães (PT-CE) reconheceu a insatisfação dos seus colegas parlamentares, mas tentou ponderar que os investimentos do governo com as obras do PAC e do Orçamento, anteriormente anunciadas, continuavam "valendo".

Outros investimentos

"Todos os investimentos para o Nordeste em rodovias e ferrovias previstos antes estão preservados. Minha sugestão é de que cada um dos estados do Nordeste apresente sua prioridade de investimentos em obras já aprovadas para que sejam priorizados pelo governo", disse.

O deputado que também é líder do governo afirmou que, de sua parte, espera que o governo finalmente faça os investimentos nas obras de recuperação das BRs 116 e 020 no Ceará. "Também é uma prioridade a duplicação da BR 222", afirmou.

O Secretário de Fomento para Ações de Transportes - SFAT, Daniel Sigelmann, que participou da reunião representando o ministro dos Transportes, também colocou uma pedra nas esperanças da bancada nordestina de aumentar os investimentos na região.

"Não é por que não está aqui (no Programa) que não está colocando investimentos na Região. Nada impede que no futuro seja construído algum ramal (ferroviário). O governo abriu duas frentes novas e elas demandam equilíbrio econômico e sustentabilidade", afirmou Sigelmann, explicando o porque de o Nordeste não ter sido escolhido para novos investimentos.

Consolo?

Segundo Sigelmann, o Nordeste será beneficiado com o benefício de toda a Federação. "Com os investimentos nas outras regiões, o Nordeste acabará sendo também beneficiado", afirmou como uma forma de tentar "consolar" os parlamentares nordestinos. "O que ajuda a Federação, ajuda o Nordeste".

Em relação às ferrovias, o Programa do governo prevê investimentos na ordem de R$ 91 bilhões para a implantação de dez mil quilômetros. Destes recursos, R$ 56 bilhões serão aplicados nos próximos cinco anos enquanto R$ 35 bilhões serão aplicados em até 25 anos.

Fonte: Diário do Nordeste / Ane Furtado






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