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Negócios de suape mudam balança

Com os empreendimentos em implantação, países como Rússia, Itália, Coreia do Sul e Argélia estão fornecendo insumos e bens de capital ao Estado

A chegada de grandes empreendimentos no Complexo Industrial Portuário de Suape está mudando o perfil da balança de importações de Pernambuco, que de janeiro a setembro deste ano registrou expansão recorde de 66,37%, contabilizando US$ 2,2 bilhões. Países que não tinham tradição, nem volumes expressivos de vendas para o Estado aparecem com taxas de crescimento exponenciais, como Rússia, Itália, Coreia do Sul e Argélia. No entanto, Estados Unidos, Argentina, China e México continuam liderando a origem das importações.

A coordenadora interina do Centro Internacional de Negócios (CIN), da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Patrícia Canuto, explica que o novo cenário importador está alinhado com o atual momento econômico do Estado. “Estamos comprando, basicamente, bens de capital e insumos para a indústria química e petroquímica. Esse é um tipo de importação que traz benefícios para Pernambuco porque vai irradiar impacto na cadeia produtiva ao redor dos empreendimentos estruturadores”, observa.

As importações da Coreia do Sul deram um salto triplo devido, principalmente, à parceria do Estaleiro Atlântico Sul com a sul-coreana Samsung, que tem contratos de transferência tecnológica e de compra de produtos e equipamentos para o EAS. Do país asiático, a empresa importou os superguindastes goliaths, que movimentam megablocos dos navios. Os guindastes foram adquiridos da empresa WIA. Para o EAS, os sul-coreanos também fornecem chapas de aço, usadas na produção das embarcações.

A Coreia do Sul também é uma das fornecedoras de matéria-prima para a indústria petroquímica que engatinha em Pernambuco. O Estado importa o ácido tereftálico (PTA), usado na produção de resinas PET que depois se transforma em garrafas e filmes plásticos. Outros países como Argélia e Canadá também despontam como supridores de matéria-prima para as indústrias química e petroquímica.

A Argélia, por exemplo, já aparece em quinto lugar no ranking das importações, respondendo por 4,16% da pauta e aumentando em 260% o valor comercializado, que passou de US$ 25,5 milhões para US$ 92 milhões (ver quadro ao lado). “O país africano está vendendo para Pernambuco os chamados propanos liquefeitos, que são utilizados no refino de petróleo. Isso já sinaliza para um impacto da implantação da Refinaria Abreu e Lima em Suape, embora ela ainda esteja em fase de montagem”, diz.

A Transnordestina Logística, responsável pela construção da Ferrovia Transnordestina no Nordeste, também está contribuindo para o aumento das importações. A empresa, que sequer aparecia na pauta, agora surge em sexto lugar no ranking, com compras da ordem de US$ 54 milhões. A companhia está trazendo trilhos de ferro da Itália para a obra. As compras fizeram a Itália saltar do 17º para o 8º lugar entre os países que mais vendem para Pernambuco atualmente.

Fonte: Jornal do Commecio (PE)/Adriana Guarda



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