O diretor-secretário do Sindicato dos Arrumadores (Sindacap) de Rio Grande e São José do Norte e membro da diretoria executiva da Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários, Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios, nas atividades portuárias (FENCCOVIB), Rogério Porto Veleda, esteve na semana passada em Brasília. Ele participou de uma reunião entre as três federações que representam os trabalhadores portuários de todo o Brasil (FENCCOVIB, Federação Nacional dos Portuários – FNP e Federação Nacional dos Estivadores – FNE).
A ocasião tratou de um plano de mobilização em âmbito nacional para enfrentar o novo marco regulatório dos portos. Nesta reunião ficou definida a realização de uma plenária entre todos os sindicatos da orla portuária brasileira. A plenária dependerá ainda do resultado da reunião que as federações terão com a Ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, no próximo dia 5 de setembro.
A plenária, se confirmada, deverá tratar de temas recentemente veiculados na imprensa, como por exemplo, que o setor empresarial interessado vem sendo recebido ou convidado pela ministra, constantemente, desde o dia 17 de junho; que a CNI e ABDIB estão propondo e defendendo veementemente a liberdade de contratação de trabalhadores nos terminais arrendados, ou seja, estes ficariam desobrigados de utilizar trabalhadores do Ogmo; extinção do Ogmo, substituindo-o por uma empresa (empreiteira) de mão-de-obra avulsa; extinção do Conselho de Autoridade Portuária (CAP); privatização da autoridade portuária; e autorização dos terminais localizados fora da área de porto organizados para operar livremente carga de terceiros, ou seja, sem a obrigação de movimentar preponderantemente carga própria.
Na plenária, conforme Veleda, os representantes dos trabalhadores terão a oportunidade de conhecer o que está sendo sugerido e o que realmente está sendo cogitado para as mudanças que definirão o novo marco regulatório proposto pelo governo federal. Estas informações, segundo ele, darão aos sindicatos mais condições de definir o seu plano de luta.
Fonte: Jornal Agora (RS)
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