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O crescimento chegou antes dos navios

As primeiras embarcações chegam a Itapoá em novembro, mas a cidade já colhe os primeiros frutos da construção do porto

Os operários trabalham em ritmo acelerado para preparar o porto de Itapoá para receber os primeiros navios. As primeiras cargas – equipamentos que serão usados no terminal devem chegar no início de novembro, vindas da China. A inauguração oficial está prevista para dezembro, mas a cidade já sente os reflexos da chegada do novo empreendimento.

Os terrenos e os aluguéis de imóveis estão mais caros, pessoas estão ganhando dinheiro fazendo negócios em diferentes segmentos e empresas prospectam e compram áreas na região próxima ao terminal para investir milhões de reais. É mais um empurrão para uma cidade que se acostumou a crescer em um ritmo bem maior que o catarinense e o nacional. Segundo o IBGE, entre 2000 e 2007, o PIB da cidade aumentou, em média, 6,53%, mais do que o dobro do País (veja mais no gráfico ao lado).

Uma dessas histórias é de Célia Konell, 58 anos. Ela deixou o conforto do lar, que fica bem em frente ao porto, para alugá-lo ao pessoal da administração. Só que a ex-moradora de Jaraguá não se mudou para um imóvel em outro endereço. Continuou no mesmo terreno e passa o dia e dorme onde antes costumava fazer churrasco e festas. “Dá para dizer que moro na área de lazer. Ali tem dois cômodos e dá para se virar. A gente gosta de fazer festa, mas agora tive de transferir todas as coisas de casa, desde sofá até TV. Não me arrependo.”

O tamanho da nova moradia diminui, mas a conta dela no banco está um pouco mais cheia. Como o preço dos imóveis e dos aluguéis mais que dobraram faz um ano por causa do porto, Célia jogou o valor lá em cima e o inquilino aceitou. Ela não quis dizer quanto está cobrando, mas garantiu que é bem acima do valor de mercado. Assim, Célia vai conseguir recuperar o investimento na casa logo logo. Pagou, há sete anos, cerca de R$ 19 mil. Hoje, diz que não vende o imóvel “por menos de R$ 200 mil”. Nem investindo em ações ela poderia ganhar tanto dinheiro.

Para aproveitar este “boom” na especulação, tem gente construindo casas e prédios, não apenas para alugar a turistas na alta temporada, mas também para investir. Quem ganha com isso são as lojas da cidade.

Thiago de Mendonça, dono de uma loja de materiais de construção, está vendendo para mais obras. São pessoas que estão levantando imóveis com o objetivo de alugar para trabalhadores que chegam à cidade, principalmente vindos de Santos e Navegantes. “É certo que o aumento nas vendas aqui na minha loja está na casa dos 30%. E, com certeza, é por causa dos reflexos das obras do porto.”

O corretor Lázaro da Luz Jr. viu no porto uma oportunidade de crescimento. Ele convenceu uma sócia a abrir uma pizzaria. Em quatro meses, tinham recuperado o dinheiro investido. “Não tinha nenhum restaurante por perto e achei que poderia ganhar dinheiro”, diz. Por enquanto, a pizzaria só faz entrega, mas Júnior está preparando a instalação de mesas para receber os clientes.

Fonte: A Notícia OLIVER ALBERT






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