Os turistas de navio desembarcados no Porto do Recife nem fazem ideia do tempo gasto em estudos, debates e análises sobre a concepção de um conjunto de medidas com fôlego para, numa tacada só, transformar o que virou pardieiro em um atraente complexo de atividades com poder para fazer faiscar os olhos de visitantes e moradores. Até agora tem sido assim: desembarcam, se indignam e prosseguem a viagem morrendo de falar mal da cidade e da acolhida.
No entanto, o jogo pode estar prestes a ser virado, se o governo cumprir mesmo os prazos das obras de revitalização, essenciais, inclusive, para o ressurgimento do Bairro do Recife, que anda às moscas desde quando o Marco Zero se "avermelhou" para receber o prefeito João Paulo. Formatado sob a batuta do então presidente, Alexandre Catão, o projeto para o porto vai, ao que tudo indica, ser finalmente executado pelo atual, Sileno Guedes, cheio de confiança na possibilidade de lançar o edital da obra ainda neste mês. A mesma,aliás, manifestada pelo arquiteto Zeca Brandão, nome ligado a uma proposta muito mais ousada para a área, o Projeto Turístico Cultural Recife Olinda, que acabou fazendo água, depois de muito estardalhaço e de causar enorme expectativa na população.
A princípio, esperar que o trecho de 1,3 quilômetros, compreendido entre a antiga Ponte Giratória e o Museu do Brum, seja transformado no que é hoje a região de Puerto Madero, em Buenos Aires, significa risco de comprar frustração a curto prazo. Para a execução do projeto - que é infinitamente mais sofisticado do que o do Recife - os portenhos, desde cedo, caíram em campo com planejamento, recursos, prazos e investimentos bem amarradinhos. Aqui, o que há de palpável mesmo são R$ 25 milhões do governo estadual e uma esperança enorme de que os investidores, desta vez, sejam apresentados a possibilidades reais de negócios na área revitalizada.
Desconhecido // Já sancionado, o novo Código de Ética Médica tem conteúdo que ainda é praticamente uma incógnita para a maioria dos interessados - os pacientes. O Cremepe tentou lançar luz sobre o assunto, com esclarecimentos, neste sábado, do especialista em direito médico, Raul Canal, em um restaurante da cidade, mas foi suficiente apenas para começo de conversa.
Fonte: Diário Pernambucano/Luce Pereira
PUBLICIDADE