As atividades no canteiro de obras da segunda fase de expansão do Porto do Pecém foram paralisadas ontem (13) em decorrência de atrasos de pagamentos do governo do Estado ao consórcio responsável pela execução, conforme afirmou uma fonte à reportagem. Na última quinta-feira (9), o Diário do Nordeste publicou que o consórcio responsável pela obra, formado pelas construtoras Marquise e Ivaí, realiza o trabalho com recursos próprios desde agosto de 2016, por conta da falta de repasses oriundos do Estado. A dívida estaria acumulada em mais de R$ 50 milhões.
Procurado pela reportagem, o consórcio responsável pela obra informou que o Governo do Estado sinalizou uma resolução para a questão até o fim do mês.
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Segundo a Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra), não houve paralisação nos trabalhos de ampliação do Porto do Pecém, uma vez que o consórcio segue trabalhando na fabricação de pré-moldados para adiantar o serviço em campo. Em nota, a Seinfra reafirmou que "está em contato com o consórcio responsável pela obra de ampliação do Porto do Pecém e que a situação do débito deve ser resolvida até o fim deste mês. As obras não devem ser paralisadas".
Ampliação
Hoje, a obra está com cerca de 83% de conclusão e orçada em R$ 780 milhões. A ampliação compreende a construção de uma nova ponte de acesso ao quebra-mar, a engorda do quebra-mar e a construção de três novos berços de atracação (7, 8 e 9). Os dois primeiros berços já estão prontos e em utilização. O último deles está semiacabado. A ponte está com cerca de 50% de conclusão. Já a engorda do quebra-mar está praticamente concluída, restando apenas a etapa que se refere ao prolongamento até a nova ponte de acesso.
A segunda fase de expansão do Pecém conta com recursos do Tesouro Estadual e do BNDES. Com dois berços de atracação, a obra estava orçada inicialmente em R$ 570 milhões. A reportagem apurou que ainda restam R$ 190 milhões para a conclusão da obra, dos quais R$ 54 milhões seriam do BNDES. O restante viria do Estado.
Fonte: Diário do Nordeste