Está marcada para hoje uma reunião para tratar da reivindicação de profissionais de montagem industrial e equipamentos pesados às empresas. Sintepav-CE ameça greve, caso empresas não participem da reunião
Dois dias após anúncio de investimento de R$ 588 milhões para expansão e modernização do Porto do Pecém, trabalhadores de montagem industrial e construção pesada ameaçam entrar em greve em todo o Complexo Industrial do Porto do Pecém (CIPP).
Isso poderá ocorrer caso a reunião marcada para hoje, às 8h30min, não tenha representação das empresas envolvidas na negociação da campanha salarial 201/2012. O aviso é de Raimundo Nonato, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem em Geral do Ceará (Sintepav-CE).
O encontro vai ocorrer na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Ceará (SRTE-CE). São esperados representantes do próprio SRT; Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon); Dieese, além do Sintepave e uma comissão de trabalhadores.
Apesar de ter eclodido no contexto de reivindicações de trabalhadores na construção da Usina Termelétrica Energia Pecém (UTE - Pecém) - de propriedade da EDP e MPX -, Nonato explica que envolve todo o Estado. Por isso, pode afetar as obras no Porto do Pecém e em outros pontos do Ceará. Nonato afirma ser a quarta tentativa de ter início a negociação.
Um incêndio atingiu, dia 15, na quarta-feira, o alojamento dos trabalhadores da UTE. Conforme informações do Sintepav, o incêndio não foi causado por integrantes do sindicato tampouco tem apoio da entidade.
Por meio de nota enviada à imprensa, o Consórcio da Mabe, responsável pela gerência da construção da UTE, afirmou que o Tribunal Regional de Trabalho (TRT) reconheceu como irregulares a paralisação iniciada dia 14 e a prática de “vandalismo” de anteontem. “A decisão impede o bloqueio do acesso ao canteiro de obras”, consta na nota.
Também por nota, a UTE condenou a atitude e afirmou que todas as providências estão sendo tomadas, junto às contratadas, no sentido de garantir a normalidade da situação.
Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA
O incêndio no alojamento na UTE-Pecém poderia ter sido um desastre. Está em uma área de construção, sensível à proliferação de fogo. A ação, sem envolvimento do sindicato, mostra, no mínimo, desarticulação da categoria.
Fonte: O POVO Online/Andreh Jonathas
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