O Brasil não é a Bélgica, mas também não é o Paraguai. Obras necessárias demoram décadas para serem feitas, mas acabam saindo. O Ministério dos Transportes informa que, nesta sexta-feira, haverá reunião em Volta Redonda (RJ), para definir as obras na Serra das Araras.
Trata-se de um trecho da velha Dutra em que há acidentes quase todos os dias e muitas mortes, mesmo com a velocidade máxima de 40 km/h controlada por fiscalização eletrônica. Em um país mais cuidadoso, a concessão poderia até ser cassada, como penalidade pela manutenção desse trecho arcaico na principal via do país, mas não é assim é que as coisas funcionam por aqui.
Informa o Ministério dos Transportes: “Segundo estudo elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e divulgado no final de 2010, este trecho da Presidente Dutra é o que mais provoca acidentes por quilômetro em relação às principais estradas federais do país”.
Com a breve inauguração do Arco Rodoviário, essa carência da velha Dutra – estrada explorada pelo grupo CCR – ficaria ainda mais bizarra. O Arco, em sua primeira fase, ligará a BR-040, ou seja, caminhões que vêm da Bahia e Minas, à Dutra e, em segunda fase, a Rio–Vitória a essas estradas. Antes tarde do que nunca. Há que se chorar as mortes no trecho, mas saudar melhoria anunciada.
Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta
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