Para continuar com propostas agressivas nos leilões de concessão, a Odebrecht já começa a fechar parcerias com outras empresas e fundos de investimentos.
Ganhadora da concorrência do aeroporto do Galeão, com ágio de 294%, e do leilão da BR-163 (MT), com desconto sobre a tarifa teto de 52%, a companhia é até agora a maior vencedora de concessões no governo federal.
Ainda em novembro, a companhia já vencera a concessão da linha de Metrô de São Paulo (Linha 6), em sociedade com a Queiroz Galvão e a UTC Engenharia. Mas não quer parar por aí.
"Estamos em busca de parceiros para continuar nos leilões", afirmou Paulo Cesena, presidente da Odebrecht Transport, braço da holding Odebrecht e responsável por concessões no Brasil, que já tem como sócio o FI-FGTS (Fundo de Investimento do FGTS).
As vitórias da Odebrecht alimentaram no mercado especulações de que a companhia não teria mais caixa para novos compromissos.
Apesar de a maior parte dos recursos para obras dessas concessões vir de empréstimos bancários do BNDES, em cada leilão é necessário que a vencedora coloque um volume expressivo de recursos de forma imediata para capitalizar a companhia.
Só para o Galeão e a BR-163, serão necessários valores pouco superiores a R$ 1 bilhão. Mas, segundo Cesena, parceiros já estão entrando no negócio para aliviar essa necessidade de colocação de recursos.
O primeiro parceiro é o Grupo Ruas, que atua na área de ônibus urbanos em São Paulo. A Odebrecht vai passar um terço de sua participação no consórcio Linha 6 ao parceiro. O Ruas já é sócio da Odebrecht na Linha 4.
"Esse acordo com o grupo Ruas não é de hoje", afirmou Cesena. "Estamos conversando com novos investidores há um ano, desde que o programa começou, e podemos abrir para novos sócios."
Fonte:Folha de São Paulo/DIMMI AMORA DE BRASÍLIA
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