O Porto do Pecém embarcou 20 pás eólicas em uma balsa T7S para o Porto Rio Grande (RS) em uma operação pioneira no Brasil. As pás, produzidas pela Aeris, foram transportadas para o Porto do Pecém ao longo de duas semanas. A balsa chegou ao Pecém na madrugada do dia 5 de outubro, quando a operação teve início. O trabalho foi finalizado no dia seguinte e a carga chegou ao destino final — a cidade de Santana do Livramento (RS) — no início de novembro. O projeto é da Weg, com intermediação da Deugro, e foi coordenada no Pecém pelas operadoras Tecer e Unilink.
“Além do ganho logístico, ambiental e social, a maioria das operações com balsas oceânicas no Brasil estão voltadas para o setor de oil & gas e agrícola. Essa operação é disruptiva, um marco e vai servir de referência para outras semelhantes. Cada caminhão na estrada leva uma pá eólica por transporte. Estamos transportando 20 de um só vez com a balsa”, destaca André Magalhães, diretor comercial do Complexo do Pecém.
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André explica, ainda, que a operação embarcou, em média, uma pá eólica a cada meia hora, utilizando guindastes de terra, uma vez que as balsas, em geral, não têm guindaste de bordo, diferente de um navio, que possui um guindaste próprio.
Cargas de projeto
A movimentação de cargas de projeto é uma das especialidades do Complexo do Pecém. No ano de 2023, já foram mais de 3 milhões de toneladas movimentadas somente desse segmento de carga. Dentre os principais materiais estão, além das pás eólicas, as placas de aço, bobinas e outros tipos de cargas, como transformadores, aerogeradores completos e pedras de granito.
“Por sermos um porto offshore com dez berços, sendo dois deles dedicados para granéis sólidos, dois para granéis líquidos, dois para contêineres e quatro para cargas soltas em geral, o Pecém oferece uma estrutura diferenciada dos demais portos brasileiros, atuando com eficiência e preços competitivos. Isso faz com que a movimentação de cargas em geral, incluindo as de projeto, aumente a cada ano”, completa André.