As dificuldades de crédito enfrentadas pelo Grupo EBX tendem a levar o conglomerado do empresário Eike Batista a negociar participações ou ativos em diferentes empresas controladas. A MMX, empresa de mineração do grupo, tem estudado eventuais associações e está atenta à possibilidade de sinergias com outras empresas do setor. Mas descarta fatiar ativos, como o porto Sudeste, previsto para entrar em operação no fim deste ano, em Itaguaí (RJ). O porto deverá embarcar 18 milhões de toneladas de minério de ferro em 2014, segundo simulações que estão sendo feitas. Esse número deverá chegar a 50 milhões de toneladas por ano em 2017, quando o porto estiver a plena carga.
"O porto não se negocia isoladamente, entendemos que é um projeto que desde a sua fundação teve o conceito de operar como um sistema integrado [mina, ferrovia e porto]", disse, em teleconferência, na terça, o presidente da MMX, Carlos Gonzalez. Ele afirmou que há empresas que olham a possibilidade de aproveitar a "oportunidade" de ter um porto quase pronto sem passar pelas dificuldades do grupo EBX para colocar o empreendimento "de pé". Gonzalez afirmou ainda que a MMX é um ativo com potencial de gerar caixa futuro de forma rápida.
"Como grupo privado, [o EBX] tem abertura para receber propostas e [pensar] em associações com outros grupos. Estudamos isso a todo momento [na MMX] e estamos bem atentos para ver se há sinergias com outros players. Mas precisa considerar o valor que a MMX vale e não negociar quando está prejudicado pelo momento de mercado", disse Gonzalez. Afirmou que o tema passa pela visão do controlador, Eike Batista. "Ele [Batista] passa a tranquilidade que podemos fazer associações e estudar condições mercadológicas, o que não é mérito só da MMX."
O executivo disse, porém, que qualquer negócio precisa considerar quanto a empresa vale, de acordo com a visão do controlador.
Fonte: Valor Econômico.
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