Nem tudo está perdido e a semente da refinaria no Complexo Portuário do Pecém pode germinar com outros ventos. Depois da decisão da Petrobras em suspender a construção da unidade de refino no Ceará, o vácuo pode ser preenchido por um grupo inglês, com a participação da petrolífera BRITISH, que tem projetos em discussão na Região do Pecém e quer, também, refinar o petróleo bruto para exportar os combustíveis (álcool, diesel e gasolina).
A revelação, em tom de entusiasmo, foi feita, nessa quarta-feira, pelo prefeito de São Gonçalo do Amarante, Cláudio Pinho (PROS), que pediu audiência para os ingleses conversarem com o Governador Camilo Santana (PT). As conversas sobre os projetos começaram no início da gestão Cláudio Pinho e avançaram nos últimos 15 meses. O volume de investimentos – incluindo refinaria, aeroporto, termoelétrica e um trem de superfície, ligando o Pecém ao Centro de Fortaleza, podem superior os US$ 30 bilhões – 90 bilhões de reais.
‘’Esse grupo tem outros projetos, como o aeroporto internacional de cargas no Pecém e uma termoelétrica. O grupo só não entrou na discussão sobre a refinaria porque o projeto da Petrobras já estava em andamento’’, disse, em entrevista ao Jornal Alerta Geral (Rede Somzoom Sat), o prefeito de São Gonçalo do Amarante.
O grupo internacional, segundo ele, quer construir isoladamente a refinaria ou em parceria com a Petrobras.
Cláudio quer conversar com o Governador Camilo Santana para o Ceará não perder a oportunidade, nem os investimentos feitos pelo Estado e pela própria Petrobras na área preparara para construção da refinaria.
Segundo, ainda, Cláudio Pinho, o grupo inglês tem pressa e pode usar o próprio terreno destinado à refinaria planejada pela estatal brasileira ou mesmo outra área dentro da Zona de Processamento e Exportação (ZPE), onde estão desocupados mais de 3.000 hectares de terras.
O interesse dos investidores, de acordo com o prefeito de São Gonçalo do Amarante, se deve a boa localização do porto, permitindo facilidades para exportação. ‘’Se houver interesses dos Governos Estadual e Federal, a refinaria sairá do papel em pouco tempo, proporcionando a geração de mais de 40.000 empregos na área do Porto do Pecém.
Farei um apelo ao Governador Camilo Santana para que tenhamos agilidade nessas negociações. Se o grupo não investir no Ceará, irá certamente para outro Estado’’, disse Cláudio Pinho, com ar de preocupação.
Fonte:Do Jornal Grande Porto/Antonio Cardoso
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