A inauguração do Terminal de Múltiplo Uso (Tmut) do Porto do Pecém deve fazer com que o principal terminal portuário do Ceará movimente 4 milhões de toneladas em ao fim deste ano. "Numa previsão conservadora devemos saltar 30% a nossa movimentação com o novo terminal que começa a operar em março. O número de atracações de deve crescer uns 10%, porque vamos trabalhar com navios graneleiros", estima o diretor de Desenvolvimento Comercial da Cearáportos, empresa administradora do porto, Mário Lima Júnior.
Ele ressalta ainda que a movimentação maior no terminal deve ser puxada, sobretudo, por três fatores: o aquecimento da indústria da Construção Civil, que passou a demandar maior volume de cimento; a exportação de minério de ferro; e o carvão que alimentará a usina termelétrica da MPX.
Em 2010, foram movimentadas pelo Porto do Pecém 3,15 milhões de toneladas de longo curso e cabotagem, contra 2 milhões de toneladas registradas em 2009 (uma expansão de 64%). No último ano, o porto cearense recebeu 529 navios, movimentou 794 mil toneladas de carga geral, 1,33 milhão de carga conteinerizada, 742 mil de granel líquido e 287 mil toneladas em granel sólido.
A movimentação de contêineres (Teus) registrou crescimento de 20% em relação a 2009, quando foram transportados 138 mil, contra 167 mil no ano passado.
Somente em frutas, foram exportadas 252 mil toneladas de frutas durante os 12 meses do ano passado, o que representa uma participação de 37% do total dos portos brasileiros.
Em oito anos
Em 2002, primeiro ano de operação, o Pecém movimentou 30 mil Teus e 386 mil toneladas em167 navios. No ano passado, oito anos após sua inauguração, o porto de São Gonçalo do Amarante movimentou 167 mil Teus e 3,15 milhões de toneladas, além de receber a atracação de 529 navios. Esses indicadores representam cinco vezes mais contêineres, oito vezes mais tonelagem e três vezes mais navios aportados. "O Porto do Pecém é uma infraestrutura que dotou o Estado de várias oportunidades. O setor industrial passou a receber insumos com preços mais competitivos porque o transporte marítimo passou a ser mais barato pelo Pecém. Passamos a receber navios maiores, o que derrubou o preço unitário dos produtos", observa Mário Lima.
Fonte: Diário do Nordeste (CE)/LÍVIA BARREIRA
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