O Porto do Pecém (CE), parte do Complexo do Pecém, joint venture formada pelo governo do Ceará e pelo Porto de Roterdã, registrou crescimento de 38% na movimentação de contêineres nos primeiros seis meses de 2025. No total, o volume movimentado atingiu nesse segmento 3,9 milhões de toneladas, o equivalente a 325.456 TEUs, 10 milhões de toneladas a mais que em 2024.

O total de cargas que passaram pelo terminal cearense no semestre chegou a 9,9 milhões toneladas, com incremento de 10% em relação aos resultados do ano passado. Segundo o balanço, os embarques somaram 3,7 milhões de toneladas, avanço de 11,6%, enquanto os desembarques totalizaram 5,9 milhões de toneladas, alta de 6,9%.

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Os números do primeiro semestre de 2025 foram puxados pelo aumento no volume de cargas do longo curso, que cresceu 24% e chegou a 3,9 milhões de toneladas. No segmento de contêiner, o crescimento foi de 183%. As maiores movimentações foram de granel sólido (43%), carga solta (42%) e carga conteinerizada (15%).

Os principais produtos desembarcados em Pecém foram combustíveis minerais, ferro fundido e máquinas. Ferro fundido, minérios, sal e combustíveis minerais lideraram a lista dos produtos embarcados no porto cearense.

O Porto do Pecém é um terminal multicargas, que movimenta granéis sólidos, granéis líquidos, contêineres e cargas em geral e conta com 10 berços. Ele é considerado um hub portuário e opera sete linhas de cabotagem e quatro de longo curso.

O presidente do Complexo do Pecém, Max Quintino, creditou os resultados à integração entre infraestrutura, eficiência operacional e diversificação da carga e à busca por novos projetos, novos mercados e novas linhas, como a da Ásia. Segundo Quintino, o porto cearense está se consolidando como plataforma logística relevante.

Ele adiantou que há expectativa de bons resultados também no segundo semestre, citou o comércio com a Ásia como fator que sustenta o otimismo e informou que estão em desenvolvimento novos projetos para a exportação a partir de Pecém de cargas de algodão, carne, minerais e granito. "Tivemos excelente primeiro semestre, e a expectativa para o segundo não é diferente”, disse.