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Percival cobra explicação de incentivos e MT perderia R$ 900 milhões

O deputado Percival Muniz (PPS) requereu à Sicme (Secretária de Estado de Indústria, Comércio e Mineração) informações e a relação das empresas que foram incentivadas pelo governo do Estado a importar com isenção de ICMS, através do Porto Seco, em Cuiabá. O requerimento, segundo ele, se faz necessário para esclarecer a opinião pública sobre as informações divulgadas na imprensa de que o Porto Seco, em Cuiabá, estaria se tornando um ralo de dinheiro do contribuinte e ‘feito a alegria de alguns poucos". A tal ‘farra", através da importação incentivada de produtos supérfluos, estaria gerando uma perda anual de receitas na ordem de R$ 900 milhões.

"O Porto Seco, que tinha inicialmente um papel estratégico: o de facilitar com a isenção na importação de bens de capital que acabam por gerar receitas e empregos, virou, conforme informações divulgadas na imprensa, a porta de entrada de produtos sem nenhum papel estratégico para o desenvolvimento do Estado".

Atualmente, 264 produtos tem a importação incentivada pelo governo estadual por meio do Condeprodemat (Conselho Deliberativo dos Programas de Desenvolvimento de Mato Grosso), vinculado à Sicme.

Entre os 264 produtos relacionados para que as empresas ‘eleitas" pelo Condeprodemat possam importar com isenção de parcela do ICMS, estão: frutas, perfumes, maquilagem, shampoos, bronzeadores, desodorantes, pneu de borracha, vestuário, calçados, chapéus, guarda-chuvas, porcelana, automóveis, motocicletas, aeronaves, embarcações e objetos de arte.

Percival lamentou tal situação, pois o Porto Seco que deveria ser um instrumento alfadengário importante e estratégico para o desenvolvimento do Estado, estaria se tornando um instrumento para que apenas alguns "espertos", sejam beneficiados. "Enquanto a conta da farra chega na casa de R$ 900 milhões de recursos que deveriam ingressar nos cofres públicos, a nossa gente padece por conta da falta recursos para investimentos em saúde, segurança, educação e infraestrutura. Por isso, precisamos esclarece essa situação, tornar de forma bem pública o que está acontecendo no Porto Seco".

Fonte:Só Notícias/Valdeque Matos Filho


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