O Plano Diretor Suape 2030, que traça as diretrizes do Complexo Industrial Portuário de Suape para os próximos 19 anos, foi apresentado oficialmente ontem, pelo vice-presidente Frederico Amâncio. Conforme adiantou a Folha de Pernambuco em matéria na última terça-feira, o documento foi publicado no Diário Ofical do Estado do sábado, 24, e finalizado em agosto de 2010. O custo foi de R$ 5,3 milhões e prevê novos zoneamentos para os 13,5 mil hectares do Complexo. Em suma, em 14 volumes, mapeia e organiza áreas de proteção ambiental, urbana, industrial e portuária, questões econômicas, sociais, desenvolvimento urbano e condições de uso, ocupação e parcelamento do solo.
Esta é a primeira grande revisão do Plano Diretor em 30 anos, segundo Amâncio. “Muitos projetos já estão em execução desde o início do ano”, comentou. Por exemplo, obras de mobilidade, como duplicações de vias de acesso (TDR-Sul, TDR-Norte e o contorno da Refinaria Abreu e Lima) e a Express Way, já em obras. “Houve ajustes na ZI-3 (Zona Industrial), onde ficaria a Fiat, e na ZI-5, onde há o projeto de instalação da Siderúrgica Suape. Para a Zona Portuária (ZP), o estudo prevê um redesenho”, detalhou.
A ampliação do espaço destinado a cais, segundo o vice-presidente, já passou por aprovação da Secretaria de Portos (SEP), pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e por decreto presidencial. Assim, deixa de ser portuária e passa a área industrial. Aos atuais cinco cais, serão somados mais quatro até 2014 e, até 2030, Suape terá 20.
Já a Zona Central de Serviços (ZCS), cujo projeto deve ser finalizado em um mês, é um bairro planejado em 200 hectares, próximo ao atual centro administrativo, dispondo de edifícios comerciais, clínicas, hotéis e centro de conveções, por exemplo. Sem maiores detalhes, Amâncio adiantou que sete bancos estão interessados, assim como uma universidade. A administração de Suape ainda discute se será uma área pública ou se serão fechadas parcerias público-privadas.
O Plano Diretor prevê ainda ampliação da Zona de Proteção Ecológica (ZPE), oficialmente, 48% da área total, para 59%, depois da incorporação de novas áreas onde há cultivo de cana. Amâncio disse que já há captação de R$ 87 milhões junto à Caixa Econômica para a construção de moradias para os ocupantes da área.
Fonte: Folhade Pernabmuco (PE)/TATIANA NOTARO
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