A queda de dois guindastes da Vale no terminal de desembarque de carvão mineral, no Porto de Praia Mole, em Vitória, dia 18 de novembro, está prejudicando não só a própria Vale como outras empresas, como a ArcelorMittal Tubarão. Os equipamentos danificados impedem o desembarque de carvão mineral, e a empresa estima que a produção, este ano, poderá ser reduzida de 6 milhões para 5 milhões de toneladas de placas de aço.

O carvão mineral, importado em grande parte da China, é uma das matérias-primas utilizadas na produção de aço. Com as chuvas e os ventos fortes, ocorridos no dia 18 de novembro (os ventos atingiram 118 km/h), além da queda dos dois guindastes, um terceiro ficou avariado, e o quarto equipamento não está funcionando plenamente devido à necessidade de ajustes.

Os problemas com os guindastes estão provocando uma fila que já chega a 30 navios na barra aguardando para desembarcar mercadorias, apesar de a Vale garantir que "a quantidade de navios fundeados na barra aguardando para atracar no porto está dentro da média normal trabalhada pela empresa".

A assessoria de comunicação da mineradora informa que, no último dia 28, o trabalho de retirada dos guindastes danificados começou a ser feito. Informa, ainda, que "foram contratadas barcaças e navios específicos para descarregar o carvão dos navios que estão atracados na barra, iniciativa que faz parte das ações de retomada das operações do Terminal de Praia Mole (TPM). A descarga do insumo será feita diretamente no píer de carvão".

A assessoria de comunicação da ArcelorMittal Tubarão informa que a previsão de produção, este ano, era de 6 milhões de toneladas de placas de aço, volume que poderá ser reduzido para 5 milhões tendo em vista os problemas com o desembarque de carvão.

Alto-forno

Por causa do acidente com os dois descarregadores, a companhia siderúrgica foi obrigada a reduzir a produção das coquerias e dos dois altos-fornos que estão em funcionamento atualmente (a empresa possui três altos-fornos em Tubarão). Um está desligado para manutenção.

Enquanto o processo de retirada dos guindastes danificados é realizado e a empresa adquire outros equipamentos novos (o custo estimado é de R$ 7 milhões cada um), a mineradora passou para o Porto de Peiú, administrado pela Codesa, o desembarque de fertilizante. No local, a empresa fará o desembarque temporário de carvão mineral.

Minério
4% de reajuste. A Vale projeta manter o volume de produção e vendas do atual exercício em 2011, disse ontem o presidente da mineradora, Roger Agnelli, ao comentar a possibilidade de reajuste de 4% no preço do minério de ferro para o primeiro trimestre do próximo ano.

Fonte: A Gazeta (ES) Vitória/Denise Zandonadi

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