A movimentação total no Porto de Roterdã, na Holanda, somou 103,7 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2025, queda de 5,8% em relação às 110,1 milhões de toneladas registradas no mesmo período do ano anterior. A principal razão para o recuo foi a menor movimentação de petróleo bruto, derivados, minério de ferro e carvão. Em contraste, houve aumento na movimentação de granéis agrícolas, outros granéis sólidos e contêineres. Apesar das incertezas comerciais geradas por conflitos internacionais e ameaças de tarifas nos EUA, estas ainda não afetaram os números do trimestre.
A movimentação de granéis sólidos caiu 8,6%, com destaque para a redução de 28,1% no minério de ferro e sucata, o que significou dois milhões de toneladas a menos, reflexo da menor produção de aço. A movimentação de carvão caiu 17,3%, totalizando 4,5 milhões de toneladas, enquanto os granéis agrícolas subiram 22,7% e os demais granéis sólidos cresceram 44,1% devido à entrada em operação de um novo terminal.
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Nos granéis líquidos, houve recuo de 8,8%, somando 48,0 milhões de toneladas. A menor demanda por petróleo bruto reduziu o volume em 1,1 milhão de toneladas, chegando a 24,7 milhões. A movimentação de derivados caiu 20,1%, para 2,9 milhões de toneladas, com destaque para o redirecionamento de exportações de diesel e querosene da Ásia.
A movimentação de contêineres aumentou 2,2% em TEU, atingindo 3,3 milhões, mas caiu 1,1% em tonelagem. O peso médio por contêiner diminuiu devido à queda de 8,1% na exportação de contêineres cheios, reflexo da fraca competitividade da indústria europeia e da redução no transbordo em Roterdã. O terminal HPD2 enfrentou atrasos operacionais e impacto do mau tempo em janeiro, com melhora na produtividade observada em março.
A rota transatlântica teve queda de 23,1% na movimentação, com a transferência de dois serviços para outros portos. Em contrapartida, a movimentação da Ásia cresceu 8,4%, puxada por maiores importações de bens de consumo. A carga fracionada totalizou 7,8 milhões de toneladas, alta de 0,6%. A carga RoRo caiu 1,8%, para 6,2 milhões de toneladas, afetada pela concorrência do transporte rodoviário e baixo crescimento no Reino Unido. Outras cargas fracionadas aumentaram 11,2%, totalizando 1,6 milhão de toneladas, impulsionadas pelo projeto Porthos.