Porto de Vitória está entre os mais problemáticos do país

: Portos e logística; 18/05/2010 - 07:24

O estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre os portos brasileiros confirmou o que todos já sabiam: a falta de investimento em infraestrutura é o principal limitador para a expansão do setor. A deficiência na infraestrutura portuária, diz o estudo, “compromete o potencial do setor e representa um entrave ao crescimento do comércio internacional e de cabotagem no país”.
O Porto de Vitória, está entre os principais portos que apresentaram problemas relativos às áreas. O estudo destaca como problemáticos, por conta da deficiência em infraestrutura, os portos de Santos, Vitória, Itaqui, Pecém e Rio Grande. Juntos, destaca o Ipea, esses terminais respondem por quase 40% das demandas identificadas.
Segundo o estudo do Ipea, 30 portos foram identificados pela necessidade de execução de serviços de dragagem, com destaque para os portos de Suape, Rio de Janeiro, Paranaguá, Barra do Riacho, Itaguaí e Santos. O Porto de Vitória também precisa de dragagem para solucionar o gargalo que limita o acesso de embarcações de maior porte.
O estudo ressalta que dos 11 maiores portos do país, em valores de movimentação de comércio internacional, três encontram-se na relação dos terminais que demandam serviços de dragagem. Ao todo, eles perfazem uma necessidade de investimento de R$ 1,43 bilhão, correspondendo a 49,3% das necessidades identificadas nesta categoria.
Os portos apontados pelo estudo são: Santos (com movimentação de US$ 65,38 bilhões), Vitória (US$ 17,09 bilhões), Paranaguá (US$ 16,55 bilhões), Rio Grande (US$ 13,27 bilhões), Rio de Janeiro (US$ 12,18 bilhões), Itajaí (US$ 7,88 bilhões), São Sebastião (US$ 7,06 bilhões), São Luís (US$ 6,80 bilhões), Aratu (US$ 5,59 bilhões), São Francisco do Sul (US$ 5,53 bilhões) e Porto Alegre (US$ 4,88 bilhões), totalizando um fluxo de comércio de mais de US$ 160 bilhões.
Investimento
R$ 2,78 bilhões - É o valor necessário para realizar as 46 obras de dragagem nos portos brasileiros, que são essenciais para o bom funcionamento do setor.

Fonte: A Gazeta (Vitória) ES/Rita Bridi