Todo dia se vê que os empreendimentos de Eike Batista estão se esvaindo, como uma nuvem passageira. A busca de petróleo vai mal, e o estaleiro do grupo está com problemas. Mas, segundo uma fonte empresarial, o Porto do Açu, no Norte Fluminense, pode dar sangue novo ao bilionário ou, ao menos, evitar um destino pior para o grupo.
De acordo com a fonte, o porto está praticamente pronto, pois já dispõe de um píer que entra dois quilômetros no mar e poderá receber supernavios, sem qualquer restrição. Além disso, o porto realizou dragagens internas, o que possibilita acesso de navios médios diretamente ao cais das empresas, em processo moderno e direto.
Analistas otimistas afirmam que aí poderá se situar um importante terminal de contêineres, apto a embarcar, por exemplo, café de Minas Gerais. O porto deverá ser importante para empresas que produzem ou importam peças para a indústria do petróleo e ainda carvão, além de exportação de minério de ferro da multinacional Anglo.
Algumas empresas desistiram de se instalar no local, mas três fabricantes de tubo ficarão no porto: NVO, Technip e Intermoor, além da Wartsila, que produzirá motores marítimos e geradores para plataformas. A GE, uma das maiores empresas do mundo, tem área em Açu e lá poderá instalar um centro logístico.
Portanto, o mar poderá ser a saída para Eike, pois o outro porto do grupo, o Sudeste, no Sul do Estado do Rio de Janeiro, também apresenta boas condições de operação, sem ser afetado pela crise que assola outros setores do conglomerado. Entre as empresas que fizeram pedidos para portos, dentro da nova lei dos portos, está o grupo EBX, que, pelo jeito, tenta encontrar saída pelo mar.
Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta
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