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Porto do Recife volta a apresentar expansão após plano de recuperação

Após dois anos consecutivos de queda, o Porto do Recife voltará a apresentar crescimento no volume de cargas movimentadas em 2010. A retomada das atividades é o primeiro resultado efetivo do processo de recuperação do ancoradouro, que opera comercialmente desde 1918 e que, ofuscado pela expansão do Complexo Portuário de Suape, chegou a ter sua desativação anunciada.

Definida a manutenção das operações, o porto a voltou a receber investimentos. Desde o fim de 2009, estão sendo aplicados R$ 18 milhões em melhorias das instalações, que ainda apresentam muitos sinais de degradação. Antes disso, houve também um aporte federal de R$ 25 milhões, no âmbito do Programa Nacional de Dragagens.

Neste ano, a movimentação total no Porto do Recife vai ficar próxima de 2 milhões de toneladas, alta de 19,7% em relação ao exercício anterior, quando 1,67 milhão de toneladas foram desembaraçadas. Ainda assim, será utilizada apenas 30% da capacidade total do porto, hoje em 6 milhões de toneladas anuais.

Oriundos dos cofres estaduais, os R$ 18 milhões foram direcionados especialmente à recuperação da infraestrutura portuária, o que inclui balanças, acessos, armazéns, silos e pátios para contêineres. Os aportes também incluem uma nova central de resíduos sólidos, um anexo administrativo e um terminal de passageiros - este último inaugurado recentemente.

No cargo há pouco mais de um ano, o presidente do porto, Sileno Guedes, afirmou que todos os investimentos visam a expansão do volume e do leque de cargas operadas no local. Como exemplo, ele cita o desembarque recente de máquinas pesadas e bobinas de aço, cargas até então inéditas no ancoradouro da capital pernambucana. O porto também voltou a receber navios carregados de cimento, o que não ocorria desde 2004.

Segundo o executivo, os trabalhos de recuperação resultaram ainda na retomada do interesse das empresas pelas instalações do porto. Há hoje negociações avançadas com o grupo cearense M. Dias Branco para a construção de um moinho. "Estamos fazendo muitas prospecções. Conseguimos provar que é viável fazer os investimentos aqui, que o Porto do Recife tem grande potencial econômico", afirmou o executivo.

Dentro do planejamento definido, o porto também será fundamental para a realização da Copa do Mundo de 2014. Com uma rede hoteleira considerada insuficiente, a capital pernambucana espera ter nos navios um adicional importante no que se refere à capacidade de abrigar turistas. De olho nesse público, foi inaugurada em outubro a primeira fase do novo terminal de passageiros, um investimento de R$ 1,5 milhão. Há no local guichê de informações turísticas e exposição de artesanato local.

A meta da atual gestão é pelo menos dobrar o volume de cargas movimentadas até 2014. Para isso, o porto terá de receber novos e pesados investimentos. Segundo Guedes, a bancada pernambucana na Câmara dos Deputados colocou entre suas prioridades para o Orçamento Federal de 2011 uma verba de R$ 100 milhões para o ancoradouro do Recife. "Esperamos que venha uma boa parte deste montante", completou o executivo.

Fonte: Valor Econômico/Murillo Camarotto | Do Recife

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